O PSICOPEDAGOGO NA EDUCAÇAO INFANTIL
Resenha critica da obra:
O psicopedagogo na Educação Especial
ALMEIDA, Claudovil Barroso de Júnior
Claudovil Barroso de Almeida Júnior é pedagogo pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP. Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade Internacional de Curitiba – FACINTER. Professor da Educação Especial do Centro Educacional Raimundo Nonato Dias Rodrigues – CERNDR.
A presente obra tem como método a observação e a revisão bibliográfica, e traz como objetivos reflexão e análise da psicopedagogia na Educação especial, a escola vem lidando com esse grande dilema entre a educação inclusiva e a falta de preparação dos profissionais da educação. O artigo está dividido em tópicos para facilitar o leitor em sua percepção textual do quanto a Psicopedagogia tem contribuído nas discussões sobre a educação especial, a escola e a inserção da família nesse processo. Os tópicos estão assim divididos: Psicopedagogia e educação especial; Noções e implicações no processo de inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais: uma abordagem psicopedagógica; O psicopedagogo e o ambiente educacional inclusivo.
O artigo possui 10 (dez) páginas, que tem como base norteadora os conflitos da Psicopedagogia e os conflitos da Educação especial, principalmente nas escolas públicas, é um prenúncio do quanto ainda há que se discutir sobre este assunto que permeia de forma inevitável as salas de aula.
A considerar o presente artigo faz-se pertinente uma abordagem mais abrangente sobre este assunto que necessita urgente de uma reflexão mais ampla, esta nova abordagem holística da educação traz á tona uma discussão sobre o conhecer a realidade da criança, os seus processos culturais e suas vivências familiares.
Há que se pensar numa nova forma de (re)educar os profissionais para essa nova realidade que envolve não só a criança, mas a família, a escola, a sociedade como um todo, a criança não é um recorte da sociedade, ela faz parte da sociedade e está inserida nela em todas as suas dimensões.
Para Barroso a Psicopedagogia pode e deve contribuir de forma irrefutável a Educação Especial, que infelizmente ainda é pouco discutida e muito confusa para aqueles que estão envolvidos no processo de educar.
A saber, como a educação acontecia na perspectiva de Vygotsky, é necessário repensar em muitas coisas dantes esquecidas, ou pelo menos colocadas um pouco de lado, quando se discute educação. “A criança cujo desenvolvimento se há complicado por um defeito, não é simplesmente menos desenvolvido que seus coetâneos normais, é uma criança desenvolvida de uma outra forma. “(Vygotsky, 1989, p. 3).
Dessa forma, para ele a educação de todas as crianças acontecerá de uma maneira ou de outra, desde que se compreenda que cada individuo aprende em seu tempo é necessário respeitar como cada criança vê o mundo que o cerca e o conhecimento virá para ela assim como todas as outras coisas. A criança que por ventura, apresenta alguma dificuldade aprenderá mesmo que demore, pois ela terá apenas um tempo diferente dos seus colegas o que não significa que aquela criança dita “perfeita” será mais inteligente, apenas perceberá o mundo e o conhecimento de forma mais lenta e com uma exigência maior de tolerância, paciência e, principalmente, afeto por parte do seu educador.
Observa-se que a criança necessariamente precisa de uma atenção maior por parte de seus familiares, assim os mesmos entenderão que uma criança especial não pode de forma alguma ficar esquivada do mundo, mas ser inserida, para que compreenda e entenda-o “de forma lenta, nas suas especificidades”. Logo, a família como a primeira instituição da qual a criança fará parte, deverá estar atenta aos sinais emitidos pela mesma desde a sua primeira infância, a sua adolescência, bem como o seu desenvolvimento psicossocial.
Entende-se que a família é parte integrante nesse processo onde o novo é remetido para a mesma como algo inerente, mas partindo do pressuposto que, esse mesmo novo pode ser transformado e inserido na sociedade essa criança deixa de ser vista como um problema e passa a ser critica de atenção de todos.
É notória a grande preocupação do autor, assim como a de Vygotsky com a educação de crianças especiais em todas as suas especificidades, levando em consideração a preparação do educador, o conhecimento da família de que tem um filho especial, a organização da escola para receber este aluno especial, a comunidade em saber lidar com o diferente, que neste caso nada tem a ver com o estranho, mas com aquele que realmente é diferente e se faz diferente em seu ambiente, todavia igual em sua condição humana.
Nessa perspectiva é sabido que tanto a família quanto a instituição que a criança esteja inserida deverá atender as necessidades da mesma bem como suas peculiaridades para que sua percepção de mundo seja o mais real possível daquelas pessoas ditas “normais”. O educador de uma criança especial precisa se compreender como aquele que além de educar observa, analisa e reflete sobre como inseri-lo no mundo para que este não seja marginalizado, subjugado pela sociedade apenas por ser diferente tendo como grande aliada a psicopedagogia.
REFERENCIAS
Coleção – A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - See more at: http://www.movimentodown.org.br/2013/01/colecao-a-educacao-especial-na-perspectiva-da-inclusao-escolar.
VALDÉS, Maria Teresa Moreno. A Educação especial na perspectiva de Vygotsky
ALMEIDA, Claudovil Barroso de Júnior. O psicopedagogo na Educação Especial