A "Arqueologia"de Agostina Akemi Sasaoka,de A Garganta da Serpente
Venho de navegar no site "A Garganta da Serpente".Escuro,com a pele da muda bem esticada como "papel de parede",guarda espantos e tem,qual a massa ígnea no centro da Terra,um coração rubro que lateja ardente.
Escolhi uma das poesias da webmaster,a Agostina,para minimamente embora,retribuir sua generosa hospedagem a meus escritos:
ARQUEOLOGIA
(Agostina Akemi Sasaoka)
Entre os destroços do meu sexo
erge-se o fóssil do teu desejo.
A ferrugem recobre a Terra.
Teu olhar
revolve a poeira do Tempo.
Colunas abertas
pernas tombadas.
eus dedos
escavam
o clã de teus pêlos.
Decifro teu calor
esculpido em minha pele.
Na ruína
dos teus poros
deixei minhas pegadas.
De que adianta o carbono?
Não posso ossificar o beijo.
Agostina é sui genris.
um sitetemático,onde os ofídeos são a tônica.Umas "histórias sem fim",interativas,são denominada Oroboros.A "Toca",recebe as poesias dos hospedados.O "Veneno Crônico",as crônicas .A poesia acima e outras da webmaster,estão linkadas em ""A Língua da Serpente".Arte fica em "A Sala das naja",Poesias sobre cobras,guardam-se revelam-se em "Encantadores de Serpentes."Os contistas se acumulam em "Contos de Coral".E por aí vai,perpassando por teoria literária,comemoração aos muitos anos de S.Paulo e e-books.
Antes mesmo de possuir um PC,meu amigo e divulgador cultural Jorge Gonçalves começou a mandar meus textos,após cadastrar-me,para A GARGANTA DA SERPENTE.Somente neste ano,troquei para a certa, a data de meu aniversário,quando a Serpente rainha nos concede um "pacote" de publicações,de quaisquer gêneros.O Jorge,talvez ao preencher meus dados, não soubesse de meu niver.
Mas independente de fazer anos,sempre enviei minhas clevanices,que a Agostina vai colocando no site.Às vezes,até pede desculpas pela demora.Ou seja,além de fazer graciosamente o que a maioria de webmasters(tudo bem,as pessoas precisam de estratégias de sobrevivência,neste País)cobra ou ou faz para receber indiretamnete,de propaganda várias,a talentosa Poeta ainda fica preocupada com o hiato de tempo entre uma atualizaçãos eoutra.E se desculpa.Fina flor a vicejar em tempos de Tsunamis humanóides!
Noutro dia,mandou-me seu livro,editado em 1997.Há uma versão eletrônica do que ela chama "livreto".Apenas porque é fino.Esquece que o conteúdo poético alcança a magnitude de uma compêndio.Chama-se "Poros".Há outro e-book:uma coletânea,"Poesias",editada pela Casa da Cultura.
Sua poesia sibila,sinuosa,ora sarcástica,ora sensual,ora social,mas sempre "sui generis".
Reparem em "Arqueologia",que eu trancrevi hoje(acima):o primeiro verso termina em desejo,que rima com beijo,lá no último.Tudo qual um parafuso de muitas voltas ,para explicar a simbologia do título,os significantes e significados de "fóssil".
Fico realmente surpresa quando sei que alguns ainda não conhecem seu site.Nele,os ritos de Eleusis ainda revivem,quando as mulheres,na Tesmoforia,desciam ao fundo de cavernas onde as sagradas serpentes se enroscavam...
Eis o endereço:
http://www.gargantadaserpente.com
Navegue até lá.
Clevane Pessoa de Araújo Lopes