E FOI O PRIMEIRO DIA...
Disse Deus: haja luz. E houve luz. Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o primeiro dia.
No final da tarde de sexta-feira, olhei para fora pela porta entre aberta e observei que a claridade daquela tarde, até a pouco luminosa pela luz do sol que trazia um calor acima da medida na região do sudeste do país, já estava indo embora como que baixando um véu de sombras e as luminárias da rua começavam a acender passo a passo, era o restinho do feriado do primeiro dia do ano.
Pensei comigo: - o primeiro dia do ano já esta indo embora. Agora, sem pressa, sem ansiedade, sem expectativas, simplesmente estava indo embora. Toda aquela coisa que parece que faz a humanidade toda ficar em polvorosa onde os noticiários falam das preparações para a passagem do ano velho para o novo, das festas, das vestes brancas, dos brindes com champanhe em taças de cristais ou das geladas e chopps; dos fogos artificiais que levam muitos a buscarem lugares estratégicos nas praias ou nos grandes centros para melhor ter um clima de festejo; dos ajuntamentos e até mesmo a escolhas de “pessoas” a quem o abraço e desejos de um feliz Ano Novo serão mais efusivo e apertado, carinhoso também. Lembro-me das últimas horas da noite anterior quando ainda estávamos na Igrejinha do Morro (Cidade Alta) de Itarana. O pastor se colocando à frente fez a oração de invocação a Deus em nome do Senhor Jesus e convidou os presentes a entoarem louvores de adoração e exaltação à grandeza do Pai Celestial, que o irmão dirigente dos louvores conduzia e entoava enquanto eram alternados com os testemunhos dos irmãos. Ah, os irmãos! Aqueles que durante o ano todo estiveram ali, alguns com dificuldades na família ou pessoais, tentando, buscando, esforçando-se em aprender, em receber e dar; a viver a experiência de um novo tipo de família, a família espiritual. Aos poucos foi chegando a última hora de culto quando os últimos quinze minutos foram separados para as orações. Uma irmã dirigente foi a frente para conduzir e organizar os motivos e fez o encerramento de uma campanha que mulheres de varias cidades estavam fazendo a uma semana. Ali, eu, presente e à frente, enquanto se faziam as orações dirigidas e individuais eu observava cada pessoa, as crianças, as mães na sua maioria, os homens jovens e adultos e os convidados que não mediram esforços e vindos de longe se juntaram a nós no último culto de adoração a Deus, todos curvados, ajoelhados, enquanto lá fora se intensificavam os estampidos dos fogos e as crianças faziam algazarra em correria pela rua da igreja, aqueles irmãos simples mas cheios de fé elevavam a Deus agradecimentos e novos pedidos a Deus voltados para realizações no novo ano que nos seus primeiros minutos davam ritmos aos ponteiros do relógio na parede. Um novo dia o Senhor permitia então para a humanidade. Em seguida abraços fraternais e palavras de incentivo à fé, à permanecerem firmes na presença do Pai e aguardando com entusiasmo as respostas às orações elevadas ao céu.
Que diferença! O dia útil de ontem iniciou com correrias e programações de te tudo o que se tinha a fazer, para finalizá-lo como um concerto ensaiado para finaliza-lo nos últimos minutos.
Hoje o dia foi de descanso ao lado da família. Acordar com o sol já bastante alto, mas sem pressa de fazer nada.
Agora, olho o tempo e vejo que o primeiro dia vai deixando espaço para a noite se acomodar devagarzinho sem pressa, afinal era o feriado do primeiro dia do ano.
Não tem como não elevar a mente às coisas de Deus, à Sua Palavra. Um coração agradecido que reconhece a dependência que temos do Criador, apesar dEle ter nos criado, conforme nos ensina as Escrituras, Ele não nos abandonou à nossa própria sina, sorte nossa, pois como andam as coisas cada dia parece ser pior do que o outro e já temos experimentado “desilusões” além de nossas condições de se organizá-las e vence-las por nós mesmos. Assim, falando em primeiro dia lembrei-me da primeira citação bíblica da palavra dia e ali se escreveu: Disse Deus: haja luz. E houve luz. Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o primeiro dia. (Gênesis 1.5 Bíblia Sagrada).
Ao final destes pensamentos, ali assentado no sofá de minha sala enquanto olhava para fora pela porta entreaberta, amanhã será o segundo dia, depois o terceiro e assim todos os demais e como serão eles? O Senhor Jesus nos adverte a respeito dos males próprios de cada dia”
Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal” (Mateus 6:34 Bíblia Sagrada), mas se toda a nossa preocupada concentração para tudo dar certo no último dia do ano e se não foi meramente religiosidade cada item de nosso ajuntamento ali na igreja, a nossa fé, a nossa expectativa e a nossa confiada entrega nas mãos de Deus nos dará a ver que assim como foi na criação de todas as coisas, ao final do primeiro dia e dos outros dias o Senhor viu que tudo era bom. E o que é bom para Deus será bom para nós seus filhos. Isso é manifestação da graça de Deus para a humanidade, no entanto o gozar das bênçãos tão esperadas em cada dia do restante de nossa vida depende de permanecermos debaixo da graça e do amor do Senhor e Criador de todas as coisas e doador da vida.