O Homem não sabe escrever
Folclore, velhas máximas, Vox Populi, tradição, usos e costumes, nos ensinam, com rara habilidade, o que é o certo, e o que é o errado, e isso é ética, portanto, o que nos é passado, de forma espontânea, está assentado na “ciência do comportamento”
Um acordo, tácito, entre os homens, indica como deve ser a conduta em sociedade, um código etéreo na forma, mas sólido nos princípios; a distância entre o justo e a moral é incomensurável, podemos agir de acordo com os códigos, ferindo, frontalmente, a ética.
Abominável é saber que o cancro social chama-se CORRUPÇÃO, e que os corruptos são mantidos no poder, amparados, presumivelmente, por algum dispositivo legal, e que dispositivos legais estribam tantos equívocos sociais.
Consuetudinário é o direito não escrito, fundado no uso, no costume e na prática, esse é o olhar da verdade, o que absorvemos naturalmente, e quando a conduta digna é lavrada em códigos escritos, formalizando uma regra, a ser seguida por uma sociedade: a hermenêutica, a semântica, a retórica fazem manco, aquilo que nasceu perfeito, o que nos leva à seguinte ilação – o homem não sabe escrever.