Sobre o texto: ''Vasos comunicantes''
Resumo do Texto: ''Ciência e Arte,vasos comunicantes''
O autor fala a respeito de como a ciência repleta de técnicas e
fórmulas acaba sendo restrita a um certo grupo de pessoas. Apenas
aqueles possuidores de conhecimento referente ao assunto poderá
compreender o tema. Os leigos acabam sem ferramentas para se
introduzir no determinado assunto.
Quando a ciência só se utiliza do conhecimento dos sentidos,mostra
que os sentidos não são o bastante para se compreender o mundo das
ideias matemáticas.,enfatizando que a humanidade está caminhando
para o desenvolvimento,mas sem o entendimento aprofundado da
origem de seu próprio Universo. Não possui o entendimento lógico e
o conhecimento intuitivo do surgimento do cosmos.
Desse modo,com a falta de um esclarecimento maior sobre o
Universo,o homem fica desarmado em tempos de iniciar a viagem
entre planetas. O visionário começa a ganhar mais espaço. Existem
os visionários cegos,se enquadrando nesse grupo,os matemáticos e
os artistas,pois estes são ligados a criação sem se prender a nada
concreto. O outro grupo é o dos visionários de olhos abertos
ligados a imaginação.
Assim apenas os visionários conseguem criar formas de explicar o
surgimento do cosmos. Os mitos nascem dessa capacidade de enxergar
as coisas que fogem ao olhar comum dando uma organização a essa
percepção,pois para organizá-la é preciso se criar uma imagem
dessa percepção.
O mito está presente ao longo da história,como uma necessidade de
se explicar o início dos tempos e o seu fim. Está contido em
várias civilizações e religiões. Desde a antiguidade até o agora.
Cada um desses povos tinha a sua própria ciência,seu próprio mito.
Atualmente,o mais complexo é ver o que está apenas no mundo das
ideias de um modo concreto. O homem se distancia do homem
primitivo.
O autor mostra que os filósofos pré-socráticos não se preocuparam
em determinar uma verdade absoluta,deixaram essa busca para a
ciência.
No campo da física, as suas bases firmes: mecânica e geometria
foram sujeitas a dúvida com o surgimento do estudo da relação
entre os fenômenos que produzem calor e os fenômenos que produzem
movimento.
Com o desenvolvimento científico e muitas noções se mostrando
insuficientes para se explicar o quão complexa era a realidade
exterior,surgem novas concepções. As propriedades eram menos
acessíveis ainda, o que não impediu a sua absorção pelos artistas
contemporâneos. Essa visão em movimento foram a fonte utilizada
pelos mais diversos vanguardistas.
O artista Klee escreveu um livro dividido em quatro partes. A
primeira se chama ''Linha Proporcionada e Estrutura'',na qual ele
Quando fala sobre dimensões e equilíbrio,ele substitui o conceito
de simetria, mostrando que as partes desiguais mais próximas se
igualam. Ao comentar as curvas de gravitação, fala de regiões
distintas e novos significados permitindo a movimentação livre do
homem. Já na última parte,se utiliza do elemento fundamental ''a
ideia''. Para ele,a energia é resolvida por uma transformação da
mesma.
Já Kandinsky afirma que os objetos são apenas um campo cheio de
energia-tensão e sua composição é somente uma arrumação de linhas.
O mais importante em seu ensino era a análise das partes que
formavam o todo e não a simples observação da aparência.
Mondrian,o ritmo é o que importava,já que prezava a expressão do
movimento baseada na oposição das partes da obra. Desse modo,a
obra se torna um campo eletromagnético,onde forças opostas e
ordenadas expressam a ação.
Ele mostra que a intensidade é o modo de encontrar a essência seja
ela na obra de arte,na vida ou na ciência.
Todos esses conceitos se relacionam com a psicologia do período. A
evolução dessa energia influencia a arte de sua época. O fundador
da psicologia que descreve minuciosamente uma localidade,Kurt
Lewin explica o comportamento se baseando nos sistemas de energia
e tensões internas. Para ele qualquer comportamento é resultado de
uma variação de área em um tempo específico.
A ideia de se usar o espaço como perspectiva não gera uma base
sólida para a sensibilidade moderna,diferentemente do uso de
planos numa superfície criando uma tensão. Essa tensão é uma base
mais sólida.
Leepa afirma que o espaço criado pelos planos acaba ganhando ação
de acordo com a associação da tensão contida na emoção. Já a força
está mais ligada com o plano da tela.
O modo como se acentua ou não a superfície das obras geram
ligações distintas à tensão-emoção. Para que o espaço apresentado
na tela realmente exista é necessário que haja reconhecimento
desse espaço. É preciso que haja identificação.
A relação dos conceitos de tensão,energia,força,vibração,atração é
mais utilizada do que as concepções mais acadêmicas. Pois se
aprofundam nas questões,vão além de uma simples explicação lógica.
Leepa nos fala a respeito do processo que move o artista. Este que
se move pela ideia de força e de equilíbrio,ambos se confundem no
mesmo. O artista em seu momento de criação balanceia a força e o
equilíbrio. A emoção não pode se sobrepor ao equilíbrio,pois desse
modo não irá gerar tensão-emoção.
O fato da obra ser balanceada não garante intensidade emocional ao
artista. O equilíbrio depende do quanto os contrários se
equivalem.
Toda a fusão de elementos científicos e artísticos nos mostram que
a arte e a ciência não se distinguem uma da outra. Ambas caminham
juntas em seu parentesco pois se utilizam da imaginação.
CONCLUSÃO
Na minha concepção a arte tem uma relação direta com a ciência.
Com a sua evolução a arte também caminha para a evolução. Vemos o
reflexo da ciência inserido nas obras seja no Renascimento,no
Cubismo,na psicanálise imersa no Surrealismo. Entender a ciência é
um meio de entender a origem do universo e de entender a nós
mesmos. Pois compreendendo o nascimento do mundo em que habitamos
encontramos as respostas para as nossas próprias perguntas
existenciais.
O artista precisa manter o equilíbrio entre a sua técnica e seus
impulsos para conseguir a identificação de sua obra.