Motivação Humana e as Organizações - Resenha (Bianca Alves)

Artigo: “Motivação Humana e as Organizações: Uma abordagem Fenomenológico-ExistencialCiência e Ideologia”

Autora: Bianca Alves.

Atualmente(Abril/2015) existe uma versão na WEB:

http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/biancamotivacao.htm

A Autora é Psicóloga graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998) e mestra em Administração pelo Fundação Getúlio Vargas - RJ (2001) . Atualmente (2007) é professora titular da Universidade do Grande Rio. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração Pública. Atuando principalmente nos seguintes temas: Desenvolvimento Local, Capital Social, Fenomenologia, Fórum Comunitário, Política Social. Pelo seu trabalho é honrosamente capacitada para assinar o artigo ora analisado.

A profundidade como abordou o tema tornou-o interessante e necessário, ainda que com certa carga de termos não muito conhecidos aos leigos ou calouros, o que demonstra ter sido elaborado visando uma qualificação junto a uma banca de pós-graduação ou mestrado. Esse primeiro desconforto nos trouxe prejuízo aliado ao exíguo tempo para pesquisas e analises. Contudo, cabe a nós examinar e entender a mensagem e assim o faremos.

A introdução é clara e nos dá uma exata ideia da dimensão e limites que se estabeleceram no trabalho. Os demais capítulos seguem uma lógica que poderíamos esquematizar da seguinte forma:

A evolução do pensamento ocidental (Capitulo 2):

Discorre de como o homem primitivo fixava suas idéias através de figuras alegóricas . O Homem era mais uma personificação da idéia que uma pessoa propriamente dita. Cita Platão, Sócrates, com idéias contrarias àquela perspectiva (o conhecimento era a vida, segundo eles). Por sua vez, Aristóteles discorda a afirma a inseparabilidade da existência. A harmonia da religião com a razão não parece ter sido uma tarefa fácil: São Tomás de Aquino , entretanto demonstrou não haver conflito entre a fé e a razão. A ciência evolui e mais tarde Descartes tenta concilia-la com as verdades do Cristianismo. Sustentou que a verdade só poderia ser assim considerada se houvesse método suficiente para prova-la. O Positivismo de Comte (“ordem e progresso”) tem suas bases no método cartesiano. Já no final do Século XVIII a humanidade avançava significativamente na busca pelo conhecimento. Surgiam novas ciências, a máquina ganhou lugar no trabalho e aconteceu a revolução industrial. Os novos métodos de trabalhos demandaram conhecimentos e melhorias.

A teoria da Administração e o Homem (3º Capítulo):

O relação natural do homem e a organização não é suficiente para sustentar o progresso que se deflagra no início do Século Passado. Buscando guarida em ensinamentos oriundos de outras ciências e acumulados desde há muito, surge a Teoria da Administração com o propósito de otimizar esse relacionamento de forma profícuo e proveitoso. Recebe críticas quanto ao seu imediatismo e pela falta de profundidade e fidelidade científica, sob a alegação de que modifica os preceitos para sustentar novos outros e em alguns casos até inverter seus sentidos originais. Notadamente a Escola de Relações Humanas é acusada de tirar concepções da natureza humana mediante conceitos psicológicos, de forma leviana.

Revisão da teoria da Motivação(4°):

Trata das forças propulsoras do individuo para o trabalho e satisfação dos dirigentes e dividem-se em várias correntes das quais as mais importantes são o Behaviorismo que pregoa que os estímulos vem de fora da pessoa e independe dela, mas de fatores advindos da própria alteração do meio ambiente, ao qual o homem procura se adaptar; e a corrente dos Cognitivistas que acreditam que o indivíduo possui valores os quais associa ao mundo externo e buscam objetivos que atendam as suas satisfação. Outras correntes como a psicanálise, a dos fatores higiênicos e a das necessidades enriquecem o tema, não cabendo subestimar qualquer delas.

Fenomenologia existencial(5º):

O Homem tem que lutar por sua vida. Nada lhe vem de graça e caso ele não lute, fatalmente não terá seu lugar. Também é só o homem na terra nasce só, morre só e não pode responsabilizar ninguém por seus erros ou acertos. Se não encontrar um sentido para viver, tem que procura-lo. A autora utilizou-se de 2 capítulos para tratar o assunto por completo: O 5º e o 6º.

Conclusão(7º):

A autora nos leva a refletir sobre o modo pelo qual toda a estrutura organizacional ocidental se postulou até nossos dias, focando sempre o método o resultado e lucro e não se preocupando com a satisfação pessoal. A Motivação seria a força motriz encontrada dentro do indivíduo e de tamanha complexidade que não pode jamais deixar de ser revista e estudada.

Porto Velho, março de 2007

UNIR - Universidade Federal de Rondônia

Curso de Administração

3º Periodo - 1º Semestre de 2007

Equipe "Socialmente Éticos"