As redes sociais
Atualmente, vivemos num mundo onde as informações vão e chegam em um ritmo tão acelerado que mal dá tempo para serem analisadas. A vantagem adquirida ao acessar informações pertinentes a um campo de estudo podem, por outro lado, tornar-se uma “armadilha” virtual. Sites inseguros que escondem vírus e passam informações sem comprovação científica, são um problema à parte. Quantos alunos, especialmente das universidades, prejudicam-se ao confiar em sites desse tipo! Ao encontrar facilidade na aquisição de informações, projetos já prontos, a tendência é o aumento das fraudes, visto muitos alegarem falta de tempo para pesquisas mais aprofundadas.
Com isso, perde-se o verdadeiro sentido do aprendizado, com o qual o estudante poderia crescer em conhecimento e experiência acadêmica. Por outro lado, a educação formal precisa atender às novas demandas tecnológicas ao adaptarem-se à nova realidade. Os alunos do ensino fundamental e médio estão sempre online e a dificuldade dos professores em “disputar” com smartphones de seus alunos, levou muitos desses mestres a criarem formas de utilização dessas ferramentas. Não há como negar a versatilidade de tais recursos, porém, substituir os debates, os trabalhos de pesquisa extraclasse, a interação humana...
Há uma imaturidade notável no uso da internet. No Facebook, muitos postam fotos nas quais se ridicularizam, comportando-se de forma inadequada. Nessa hora não pensam nas consequências de suas atitudes. Muitos liberam seu lado escondido. Mas como? Ao lidar pessoalmente, sentem dificuldade de se expressar, tomados por uma inexplicável timidez. Não há como negar o dano causado por muitos ao postarem ofensas contra outras pessoas, quando melhor seria resolver as diferenças cara-a-cara. Para quê expor também sua intimidade aos outros, quando isso pode ser usado contra você no futuro?
Conversar com os jovens no convívio familiar, promover debates sobre o assunto em sala de aula, expondo de fato o problema de convivência entre eles na sociedade, no respeito aos limites do bom senso, mostrando-lhes a seriedade do assunto, já seria um bom começo.
Fomos criados para o contato pessoal, principalmente, no ouvir a voz do outro, dar-lhe atenção, sentir a emoção e a alegria dos momentos passados juntos. Amigos amados não são os que possuem cinco mil adicionados no face, (muitos são até desconhecidos, só para impressionar os outros). Amigo de verdade está perto quando precisamos de uma palavra de incentivo numa hora difícil, do abraço sincero no dia do nosso aniversário. Sentir-se importante, amado e respeitado, é isso!