ESCREVER COM SIMPLICIDADE

Na verdade, infelizmente, a maioria de nós ainda exercita o alfabetismo funcional... O nosso povo costuma ser em tudo, mais prático do que teórico... O ideal nas ações é conciliar a teoria com a prática, pois ambas se completam... Imagine o leitor analfabeto, semianalfabeto, de pouca instrução, de pouco conhecimento, tentando ler ou interpretar um texto, sobretudo um texto hermético, complexo... É como um cego, tentando em vão enxergar... Da mesma forma é o escritor, que leu tanto, escreveu tanto, mas não consegue fazer-se compreendido naquilo que escreve; melhor dizendo, escreve para si, para a sua compreensão, não para a compreensão do leitor. Escreve para satisfazer a sua própria erudição, sem preocupar-se em passar uma mensagem, um conteúdo simples, claro, objetivo, porém profundo, para que a compreensão popular assimile facilmente o que foi escrito. Como toda arte, a escrita é um dom que bem poucos a possui. O essencial para quem escreve como arte, é fazer-se compreendido facilmente pelo leitor comum. Nesse caso, quanto mais escrever com simplicidade sem deixar de ser profundo, mais vai fazer da arte de escrever, não um bem cultural só para si, mas, sobretudo, para a massa popular leitora, que, ainda tosca, rude em conhecimento, saberá obter um melhor proveito do texto lido, que foi escrito com profunda naturalidade.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 19/06/2014
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