O saber
Desde os primórdios da humanidade, o homem busca conhecimento através dos seus questionamentos em relação ao mundo que o cerca. A curiosidade é a “mola” propulsora dessa busca que começa na infância, em que os objetos expostos ao alcance das crianças constituem-se em um vasto campo de descobertas. A partir da antiguidade, pelo processo da transmissão de conhecimento, (oralidade) os ancestrais contavam aos seus descendentes as conquistas obtidas por seus heróis de maneira quase mágica.
O interesse pelo novo desencadeia o desejo de conhecer mais e desenvolver novos perfis comportamentais. Com o surgimento da escrita houve um avanço, porém, perdeu-se parte da emoção, da imaginação, principalmente na fase de transição para a vida adulta. Há uma necessidade de mantermos viva a paixão pela aventura do conhecimento e não nos entregarmos à estagnação, que viria a ser a “morte” de nossos anseios, desencadeada pela apatia.
Por outro lado, longe de querer enfatizar ou estimular alguém a tornar-se o “dono da verdade”, ao criar uma teoria, esta deverá ser boa o bastante para ser confrontada. É assim que fixamos o saber, pela discussão das ideias. Não se deve esquecer do legado dos gregos quando transmitiam informações pelas vias do diálogo. A construção ocorria mutuamente.
Professores queixam-se por não conseguirem estimular seus alunos na prática da leitura, mas será mesmo que eles (alunos) se identificam com as literaturas utilizadas?
Seria o momento de ouvir quais são as expectativas dos jovens (diagnóstico) a fim de adaptar diálogos pertinentes à sua realidade social. Promover debates , estimular a prática da pesquisa sobre temas cotidianos e adaptá-los ao campo da aprendizagem, ou seja, fazê-los se mexer em prol de algo no qual acreditem e se espelhem.
Usar das fábulas com os pequenos, que sempre ficam encantados com as histórias contadas de forma vibrante, estimulando sua imaginação, ampliando seu universo lúdico pela via da experimentação, as faz acumular experiências que serão valiosas no decorrer de suas vidas.