O CARNAVAL DE YSOLDA CABRAL
Um comentário para o texto:
SÁBADO DE ZÉ PEREIRA - 2014 (T4711436)
De: Ysolda Cabral
A festa ficou mais bonita com esse teu poema-documentário, uma resenha carnavalesca do recifense "O galo da madrugada".
Carnaval é um momento em que a arte mais evidente é a visual, porque todo o resto é ruído, ladeira, bebedeira, falta de espaço e cansaço.
Daí, o excelente Antônio Nóbrega não se ter destacado com suas monografias inteligentes, seu talento.
Quanto a Suassuna, este já é um comunicador carnavalesco nato, daqueles que sobem em palanques, cantam, dançam, mas, no íntimo, preferem o anonimato. Tem meus aplausos por conta dos seus contos "best-sellers" de cunho popular.
Falo em "best-sellers" a propósito. É que Suassuna é um nacionalista arretado. Em seus escritos, sempre chama a atenção para essa nossa submissão aos termos estrangeiros, especialmente nos títulos empresariais. Até aproveito o ensejo deste espaço pra mandar pra ele (para o seu gáudio) este lembrete:
A PALAVRA "FORRÓ" NÃO SE ORIGINOU DO TERMO INGLÊS "FOR ALL" (à época, não existia essa mania). ORIGINOU-SE DO BRASILEIRÍSSIMO TERMO "FORRO", QUE ERAM OS ESCRAVOS LIBERTOS, ALFORRIADOS.
Se a dança era para todos, os forros ali estavam e, muitas vezes, criavam alguma confusão (ou FORROBODÓ).
Vejo, então, o nosso Carnaval como um enorme FORRÓ, uma festa em que os dançarinos se sentem de fato alforriados, pelo menos até a saída do "Bacalhau do Batata", na quarta-feira, em Olinda.
Parabéns pela magnífica cobertura carnavalesca, Ysolda. Bom Carnaval, bem longe de algum forrobodó eventual ! . . .