É REVOLTANTE...

nair lúcia de britto

É revoltante a facilidade que se adquiriu neste país de praticar a maldade e a imoralidade.

Marco Antonio Loss era um médico dedicado que honrou a Medicina. De família simples deve ter lutado muito para conquistar seu sonho de salvar vidas.

Segundo informações da rede Globo, trabalhava no Hospital Ana Costa, em Santos (litoral paulista), e foi ao hospital mesmo sendo seu dia de folga para ajudar a salvar uma criança, realizando um exame muito complexo, que só ele estava capacitado a fazer.

À saída, pegou seu carro, que estava nas proximidades, quando foi assaltado por dois menores de idade (um de 14 e o outro de 16 anos). Roubaram o carro do médico e, depois, o mataram.

Imagino o grande sofrimento da esposa e do filho dele. Essa dor é um castigo que ninguém merece. O irmão, que o estimava e tinha tanto orgulho dele, está inconformado e revoltado: “Este é um país rico de marginais enquanto a população é refém deles. Ninguém pode sair de casa, sem saber se voltará vivo.”, disse.

Parece que, pouco a pouco, estamos voltando à época do nazismo em os inocentes morriam e os déspotas riam. As causas desse espetáculo cruel, que não fecha as cortinas nunca, são óbvias.

Além delas, aulas de violência de fácil acesso são ministradas todos os dias, através de filmes, vídeos e videogames. Começaram lá trás, com os “inocentes” filmes de bang-bang, que os meninos assistiam empolgados. Depois, os pais lhes compravam revólveres de brinquedo para que eles brincassem de matar. Ou, então, para matar de verdade eles matavam passarinhos com seus estilingues, também comprados pelos pais.

Lembro-me de, quando criança, ter corrido atrás de muitos meninos para impedi-los dessa maldade. A cultura da violência progrediu com a tecnologia e a idéia machista de que homem, que é homem, agride e mata.

Paralelamente à violência, aderiu-se ao sexo selvagem. Sem regras, sem código de ética, sem educação, sem planejamento familiar, sem sentimento; cada vez mais cedo. Constantemente estimulado pelos meios de comunicação; deseducando, mas obtendo lucros. Como se sexo fosse um esporte, uma diversão, uma perversão; ou uma piada, um vício...

A vida humana e o sexo perderam seu verdadeiro significado, ou seja: uma dádiva de Deus e algo sagrado.

Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 02/12/2013
Código do texto: T4595770
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