RESENHA DO FILME: A PAIXÃO DE CRISTO

Valtivio Vieira

Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Bacharel em Teologia, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância; Metodologia do Ensino Religioso e Pós-Graduando em Psicopedagogia Clínica e Institucional ambos pelo Centro Universitário Uninter – Curitiba – PR.

Curitiba - PR

2013

Introdução

O nome Jesus é a transliteração do nome pessoal masculino Iêsous, que é a forma grega do nome judaico Yeshûa, que vem da raiz hebraica Yêsha, que significa ajudar, salvar, socorrer.

Desde que o homem pecou, era necessário que sofresse a penalidade. Além disso, o pagamento da pena envolvia sofrimento de corpo e alma, sofrimento somente cabível ao homem. Era necessário que Cristo assumisse a natureza humana, não somente com todas as suas propriedades essenciais, mas também com todas as debilidades a que está sujeita, depois da queda.

Ao mesmo tempo era preciso que fosse um homem sem pecado, pois um homem que fosse pecador e que estivesse privado da sua própria vida certamente não poderia fazer expiação por outros.

A PAIXÃO DE CRISTO

O Filme começa com a face de Cristo pintada, e com um relâmpago e um forte estrondo de raio, e aparece uma citação de Isaias 53, com uma cenária de noite enluarada, e demonstra a agonia e o sofrimento de Jesus Cristo, sabendo que estaria a caminho do calvário e da sua morte. Enquanto seus discípulos dormiam e os doutores da Lei, entregam dinheiro a Judas, para capturarem Jesus, e as moedas todas caem ao chão, quando um dos doutores da lei joga-as para que Judas pegue, pelo trabalho de facilitar a captura de Cristo.

Cristo angustiado, conversa e questiona seu Pai. “Este fardo é pesado? Mas eu confio em ti. Em ti busco refugio”, fala Jesus, então Satanás aparece e diz a Jesus, “este fardo ninguém agüenta salvar as almas dos demais”. Jesus diz:” o Pai se for possível, afasta de mim este cálice”. Satanás questiona Jesus: “ Quem é o teu Pai? E satanás manda uma serpente que vai até Jesus, que está deitado e Jesus pisa para atingir a serpente e Satanás se retira.

Chega os soldados para pegar Jesus. Judas vem com os soldados e da um beijo em Jesus e diz: Salve rabi! E Jesus lhe diz: Entregas o filho do homem com um beijo?

Pedro pega sua espada e corta a orelha de um dos soldados. Jesus disse a Pedro: “Guarda sua espada, pois, quem usa espada, pela espada morrerá”.

E um dos apóstolos vai correndo contar a mãe de Jesus, que os soldados o pegaram. Os soldados acorrentaram Jesus, o levaram até os sumos sacerdotes.

E Maria a mãe de Jesus, relembra da juventude de Jesus, dele trabalhando como marceneiro, fazendo uma mesa.

Os sumos sacerdotes questionam Jesus: “Tú és Jesus de Nazaré?, dizem que você é rei? Porque não diz nada”? Jesus diz:” Eu falei abertamente a todos ensinei nos templos”.

Um soldado responde: “É assim que respondes ao sumo sacerdote, e lhe concede uma bofetada, Jesus lhe responde:” Se falei mal, me digas onde? E se falei bem, porque me bates? Um Judeu a mando dos sumos sacerdotes diz: “que ele expulsava demônios, com a ajuda dos demônios”.

O sumo sacerdote diz a Jesus: “não tem nada a dizer contra as acusações?” Tu és o Messias? O filho de Deus vivo? Jesus lhe responde: “Eu sou, e verei o filho do homem sentado a sua direita”.

O sumo sacerdote disse a Jesus: “Blasfêmia, e lhe deu uma bofetada”. E o povo que se encontrava junto aos sumos sacerdotes e os soldados começaram a espancar Jesus. E algumas pessoas que lá estavam, reconheceram Pedro, no meio deles, e lhes disseram: “nos vimos você, com ele, você é um de seus discípulos” Pedro negou três vezes que conhecia Jesus.

Judas foi ao encontro do sumo sacerdote, para devolver o dinheiro de ter facilitado a captura de Jesus. Disse ao sumo sacerdote: “Este homem é inocente, soltem ele, está aqui o dinheiro de volta” O sumo sacerdote lhe respondeu:” se ele é sangue inocente, o problema é seu”. Então, Judas o traidor, jogou o dinheiro aos pés do sumo sacerdote. E Judas é tentado por Satanás e acaba se enforcando.

Jesus é levado ao governador. O governador pergunta:” que acusações trazem contra este homem? Porque não julguei conforme a sua lei? O sumo sacerdote diz ao governador: “Cônsul, não podemos condenar ninguém a morte.” A morte? Pergunta o governador.

O Sumo sacerdote disse: “Ele é um líder de uma seita perigosa e proibiu pagar os impostos ao imperador”

O governador conversou a sós com Jesus. Tu és rei? Perguntou o governador a Jesus. Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se fosse acha que meus seguidores te entregariam a ti?. Eu vim para dar testemunho da verdade, disse Jesus. E Pilatos (governador) pergunta, o que é a verdade?, Jesus não responde.

Pilatos mandou Jesus para Herodes. Ao chegar ao local, Herodes questiona Jesus: “é verdade que devolve a visão aos cegos? Que ressuscita os mortos? De onde vem o teu poder? És o que o nascimento foi predito? Responde.

Herodes disse: “Tirem este estúpido da minha frente, ele não fez nenhum crime, somente está louco”. Os soldados levaram Jesus novamente a Pilatos, que disse para a multidão que ali se encontrava: “temos um costume que pela páscoa, eu solte um preso, quem quereis que eu solte?”. A multidão disse: “Barrabás”. E Pilatos disse e o que quereis que eu faça com o rei dos judeus, e o povo gritou: “Crucifica-o”. Pilatos disse: “não, assegurem uma punição severa, e soltem-no, não deixem que o matem”

E levaram Jesus para serem chicoteados, pelos mais cruéis soldados, primeiro com uma espécie de ripa, que cortava as costas de Jesus, depois com um chicote com garras nas pontas que arrancavam carne de suas costas e barriga.

Maria acompanhou todo o sofrimento de seu filho.

Enquanto Jesus recebia chicotadas, Satanás apareceu com uma criança no colo.

Maria enxugou com algumas toalhas que recebeu da mulher de Pilatos, o sangue de Jesus, no local do espancamento e chicotear em Cristo.

E levaram Jesus novamente a Pilatos. Pilatos pergunta a multidão: “Vou crucificar o Rei de vocês?” O Sumo sacerdote responde:” Não temos outro rei, senão César”.

O Sumo sacerdote disse a Pilatos: “Se soltar ela não és amigo, de César, tem que crucificá-lo”. E Pilatos lavou suas mãos, e forçaram a Jesus a carregar a cruz, além de ser sombado e humilhado, lhes davam chicotadas. E Jesus e pregado na cruz, ao lado de três ladrões. Jesus morre e é tirado da cruz e por fim, o filme acaba com a ressurreição de Cristo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vivendo como homem entre os homens, Jesus Cristo experimentou todas as nossas limitações humanas, sem cometer pecado. Várias passagens do Novo Testamento indicam a solidariedade de Jesus com o restante da humanidade, quando Ele nos chama de irmãos.

Como estudante de Teologia, quero ressaltar que nenhum ser causou tanta comoção no mundo como Jesus; nenhum outro tema gerou tantos livros e tão apaixonadas discussões.

Para as pessoas que pensam que Jesus Cristo morreu numa cruz, e ali acabou tudo, a Sagrada Escritura, comenta vários relatos sobre Cristo Pós-Ressurreição, e cada um de nós sendo imagem e semelhança de Deus, em Cristo também temos uma alma imortal e ressuscitaremos.

Os personagens bíblicos, dos mais antigos fizeram menção da existência da alma após a morte. Um exemplo categórico dessa verdade é a exclamação do patriarca Jó: “Porque eu sei que o meu redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos verão, e não outros...” (Jó 19.25 -27)

As evidencias da crença na imortalidade da alma, são ainda mais abundantes nas paginas das Escrituras neotestamentárias. Jesus afirma: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim ainda que morra viverá”

O corpo pós-ressurreição de Cristo é um corpo descrito como “glorioso” (Fp 3.21). Este corpo glorioso mantém semelhanças e distinções do corpo “pré-ressurreiçao” de Cristo (corpo anterior à ressurreição), no fato de que ele respirava (Jo 20.22), comia (Lc 24.42-43) e era reconhecido (Lc 24.16-31; Jo 20.22). Suas diferenças implicavam em que nem sempre ele era imediatamente reconhecido (Lc 24.16-31; Jo 20.14). Ele podia atravessar portas e paredes (Jo 20.19,26; Lc 24.36), e cobrir rapidamente enorme distancias (Mt 28.7-10). Essas implicações lançam luz acerca da natureza do corpo “pós-ressurreição” dos crentes e devem ser observadas atentamente.

A expressão fidedigna desse corpo é o corpo ressurreto de Cristo. Uma leitura despretensiosa de Filipenses 3.21 revelará que o corpo pós-ressurreição de Cristo era um corpo glorioso.

Em suas aparições terrenas, após a ressurreição, Cristo corporificou a nova existência imperecível e, embora não fosse de carne e de sangue do tipo anterior (1 Co 15.50), nem estivesse limitado pelos parâmetros físicos daquele tipo (Jo 20.19-20), não deixava de ter características identificáveis de carne e osso, mãos e lado e podia receber alimento (Lc 24.36-43).

REFERENCIA

BIBLIA SAGRADA. São Paulo: Edições Loyola, 1994.

Filme: A PAIXÃO DE CRISTO (Itália/EUA, 2004). Direção: Mel Gibson. Elenco: James Caviezel, Maia Morgenstern, Mônica Bellucci, Hristo Jivkov.DVD 126 min., Flashstar/ Fox Film.

Valtivio Vieira
Enviado por Valtivio Vieira em 19/09/2013
Código do texto: T4488798
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