SOU POETISA

Não procure  me conceituar
avaliar-me, pelo que de mim
você  ler... Sou poetisa, sou artista,
vou além do seu entender.
Adquiro personalidades mil,
capto sentimentos... Vivo todas as vidas
que o imaginário produz.
Ora, sou treva... Ora, sou luz!
Sou como que cerinto... 
Moldo-me às situações - vivo personagens,
na página branca faço viagens.
Concretizo o imaginário: sou mocinha,  vilã,
 mártir, carrasco, presa... Sou livre!
Sou monge, padre, ou pastor.
Adentro aos fatos, dou vida às fotos.
Sou atriz, meretriz... Sou tudo!
Não me ponha correntes... Não me cale!
Não queira abrir minha boca, 
para os meus dentes avaliar...
Sou Esther, no meu céu sou estrela.




 RESENHA

O eu poético de EstherRogessi define, com precisão, o papel do poeta, do escritor –  que apresenta afins com o ofício de um ator, que se transveste do personagem representado e/ou apresentado.
Quer seja  no universo literário, ou  na dramaturgia, não há lugar para sentires pudicos; o santo, ou profano deve ser descrito, ou representado, de forma convincente, aliás, o poeta, escritor ou ator, são capacitados à transformação da mentira em verdade e vice-versa.


Recife,12/09/98

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O trabalho RELEITURA DO POEMA SOU POETISA E RESENHA SIMPLES de EstherRogessi foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
EstherRogessi
Enviado por EstherRogessi em 02/08/2013
Reeditado em 13/08/2013
Código do texto: T4416493
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