Dicotomia da colonização americana: colônias de exploração vs. colônias de povoamento.

O autor inicia o texto comparando os modelos de colonização entre a América Ibérica e os Estados Unidos: exploração ou povoamento. Citando autores como Manoel Bonfim, Vianna Moog, Paulo Bonfim e Gilberto Freyre, mostra os contrapontos da visão historiográfica do trabalho dos autores sobre os colonizadores ibéricos e ingleses.

Chama atenção para a configuração geográfica das novas terras, descendências das culturas anglo-saxônicas e ibéricas e a importância da força da religião na educação. Mostra como, que com as guerras que atrapalhavam as atividades produtivas e comerciais e também com a separação entre a Inglaterra e a Igreja de Roma, o nacionalismo inglês se fortaleceu. Conta como a ilha se transformou com as dinastias Tudor e Stuart dando início ao nascimento da colonização Americana que contou com a vinda dos grandes grupos de peregrinos, puritanos e quakers que foram organizados pelas companhias comerciais. Assim podemos observar uma colonização das Américas terceirizada por empresas capitalistas inglesas. Relata ainda as condições sociais e educacionais formadas por grupos de aspecto religioso nas primeiras cidades desbravadas, diferentes das incursões ibéricas que pregavam uma só religião, a do Papado. Outra diferença notada é a forma no tratamento dos nativos que foram considerados incivilizados, escravizados e massacrados, ao contrário da colonização portuguesa que se aproximara dos nativos por meio da religião.

Mas em algum ponto do contexto tem-se a certeza de que o povo americano nasceu de muito trabalho e teve a maternidade diversificada por correntes religiosas e de pensamento de prosperidade, acreditando e afirmando em seu íntimo que as terras do Novo Mundo eram a Terra Prometida e que sendo um povo dito escolhido por um destino manifesto tinha que mostrar porque aqui veio.

História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI.

2 ed. São Paulo: Contexto, 2010 KARNAL, Leandro et al.

Texto “A Formação da Nação” – p. 23 a 69