COMETÁRIO DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2º SEMESTRE 2013 (Amós e Obadias)

SENHOR DAS NAÇÕES (AMÓS E ABADIAS)

SÁBADO (20/04/2013)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” (Amós 3:6).

O livro do profeta Amós anuncia a justiça divina contra as injustiças humanas. Deus anuncia a sua vingança contra as nações pagãs: Damasco (Síria) (1:3); Gaza, Asdode, Asquelom e Ecrom (todas pertencente à Filistia, 1: 6-8); Tiro (1:9); Edom (1:11); Amom (1:13); Moabe (2:1). Deus também anuncia a Sua vingança contra Judá (2:4) e Israel (2:6). As causas que levaram a Deus vingar-se contra o Seu próprio povo são: rejeição à Lei Régia e aos Estatutos divinos; injustiça, suborno, prostituição, idolatria, bebedice (2: 4-8).

O amor e misericórdia de Deus os fazem anunciar a todos, sem exceção, as suas decisões, por Amós nos diz: “Certamente, o Senhor não fará coisa alguma, sem antes revelar o seu segredo aos Seus servos, os profetas” (3:7). Isso tem um propósito que é fazer com que nos preparemos para nos encontrar com Ele (prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o Teu Deus- 4:12).

O nível de afastamento do Nosso Criador chegou a tal ponto que Deus disse: Israel não sabe fazer o que é reto e entesoura nos seus castelos a violência e a devastação.

Hoje as nações do mundo contemporâneo estão amontoando em seus castelos violência e devastação. O próprio Cristo já anunciara que próximo a Sua volta, o mundo estaria como nos tempos de Noé, de Sodoma e Gomorra. O joio e o trigo já estão quase maduros e prontos para a colheita. Preparemo-nos, então.

DOMINGO (21/04/2013) CRIMES CONTRA A HUMANIDADE

O profeta Amós era um pastor da região de Tecoa. O seu período profético abrangeu os reinados de Uzias, rei de Judá, e Jeroboão, rei de Israel, filho de Joás.

Sião, biblicamente, representa a morada de Deus, bem como Jerusalém, a nova Jerusalém. Amós nos diz que Deus faria ouvir-se de lá, ou seja, de sua morada: Sião e Jerusalém.

O motivo de pronunciar-se era a prática reiterada, propagada e alargada da injustiça humana. Injustiça praticada tanto pelas nações pagãs quanto pela nação de Israel e Judá. Essa nação estavam se achando impuníveis, onipotentes e autossuficientes.

A prática de crime contra a humanidade era algo corriqueiro à época. Os princípios do Direito Universal, tais como o Direito à vida e o Direito à liberdade, não eram mais levados em conta, por essa nações.

A escravidão e o genocídio eram praticados por elas como senão devessem satisfação de sua práticas delituosas a ninguém, a não ser a si mesmas.

Porém, Deus bramou de Sião, sua morada, e fez-se ouvir de Jerusalém! Deus advertiu que iria punir todas as nações pelas transgressões à sua Lei. A Lei de Deus contém princípios universais, que se observados trarão paz,, alegria, felicidade e prosperidade ao homem. No entanto, como consequência às próprias ações delituosas, se desrespeitados, trarão castigo, punição e morte eterna .

A punição divina é uma consequência a transgressão à Lei, à impunidade, ao ilícito. A punição vem mais cedo ou mais tarde sobre ou uma pessoa ou a um grupo de pessoas, ou a uma nação ou a um grupo de nações. Isso é certo, pois a boca do Senhor o disse.

SEGUNDA- FEIRA (22/04/2013) JUSTIÇA PARA O OPRIMIDO

A justiça é algo que só pode ser praticado por um justo a um injustiçado, a alguém que lhe foi tirada ou negada a justiça.

Segundo o mundo relativista em que vivemos, quando falamos em justiça, referimo-nos a algo subjetivo, pois o que pode ser justo para um, pode ser injusto para outro. Por exemplo, quando duas ou mais pessoas estão pleiteando algo na justiça dos homens e um decisão é tomada por uma terceira pessoa, a qual medeia a questão pleiteada, a favor do sujeito A e contra o sujeito B, então B sentir-se-á injustiçado e A sentir-se-á justiçado. Daí, a justiça humana preferir falar em Direito à Justiça.

No entanto, mesmo com todo esse relativismo, ninguém em sã consciência há de negar que amparar o pobre e o necessitado, as viúvas pobres e os órfãos é fazer justiça, ainda que não se faça tal coisa.

Deus promete fazer a Verdadeira Justiça, pois ninguém sentir-se-á injustiçado, até mesmo aqueles que sofrerão a morte eterna.

TERÇA-FEIRA (23/04/2013) O PERIGO DOS PRIVILÉGIOS

Esse é o princípio da causa e efeito ou causa e consequência. Esse é o princípio usado no mundo dos negócios, onde a maior responsabilidade exercida traz maiores cobranças.

No relacionamento com Deus também não é diferente esse princípio, porque quanto maior o nosso conhecimento da palavra de Deus tanto maior a nossa responsabilidade e, como consequência, maior a cobrança.

Por isso as palavras de Cristo Jesus na parábola do servo vigilante (Lc 12: 47 – 48), na qual Ele fala em “conhecer a vontade do seu senhor' versos “açoite”. Ao servo a quem muito foi dado,muito lhe será exigido.

É exatamente esse o “perigo dos privilégios”, tal qual a lição nos adverte.

QUARTA-FEIRA (24/04/2013) O ENCONTRO DE ISRAEL COM DEUS (Amós 4:12; 1Rs 8: 37-40)

A prática da injustiça entre o povo de Deus à época do profeta Amós era tal, que os homens escolhidos para fazer cumprir o Direito e a Justiça, oprimiam os pobres e necessitados em troca de um par de sandálias. Isso mesmo! Um simples par de sandálias (Amós 2:6).

Deus procura despertar a Israel por meio de acontecimentos catastróficos tanto na natureza, como um grande terremoto (Am 1:1), quanto por meio de situações políticas, como guerras.

Mas ao que parece, nem mesmo essas dificuldades fizeram com que Israel se voltasse para Deus, por meio de orações e súplicas, pois essa a orientação (1 Rs 8:37-40). Deus se comunica como os Seus filhos, nós, de diversas maneiras, cabe a nós mantermos íntima comunhão com Ele e solicitarmos discernimento (fruto do Espírito).

Talvez a situação de abastança de Israel fosse a responsável pelo afastamento de Deus. Pois esse contexto histórico era um momento de fartura e riqueza dos líderes da nação. Daí, Cristo dizer que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino dos céus.

O capítulo 4, logo no verso 1º, Amós se refere as “vacas de Basã”. Os gados de Basã eram os melhores, os maiores e o mais gordos,pois tinham as melhores pastagens (Dt 32:14; Sl 22:12; Ez 39:18). Isso, logicamente, é uma linguagem metafórica, a qual representa a situação econômica privilegiada de Israel e sua postura diante do povo e de Deus. Este é o grande risco em que corremos ao nos encontrarmos na fartura: nos afastarmos de Deus e nos tornarmos injustos com os necessitados.

Israel estava muito, mais muito distante mesmo de Deus. Já não ouvia a vos de Deus chamando-o. Observemos o seguinte: no capítulo 4, encontramos 5 vezes a seguinte expressão “contudo, não vos convertestes a mim, disse o Senhor” (vv. 6, 8- 11).

logo após essas 5 advertências Deus fala imperativamente , dizendo: “prepara-te, ó Israel, para te encontres com o teu Deus” (4:12). Esse encontro não era para uma confraternização ou mesmo um encontro amigável. Na realidade era um confronto entre Deus e Israel. Era o juízo divino.

O encontro com qualquer autoridade terrena requer preparo. Ninguém vai de qualquer maneira, de qualquer jeito. Não é e não será diferente com a maior autoridade de todo o universo, Cristo Jesus, o Nosso Deus, Nosso salvador e Nosso Senhor. Todo aquele que não tiver preparado não será recepcionado de maneira amigável.

Cristo está voltando. Está você, então, preparado para se encontrar com o seu Deus?!!!.

QUINTA-FEIRA (25/04/2013) ORGULHO QUE LEVA À QUEDA (Obadias)

O orgulho é uma das armas utilizadas por Satanás, a fim de nos afastar de Deus. Foi o orgulho o responsável pela queda de Lúcifer (Ez 28:11-19). Assim, Satanás sabe muito bem como usá-lo para nos fazer com que esqueçamos de Deus ou até mesmo queiramos ser deus, pois muitas pessoas, como seus orgulhos, acham que são deuses.

A mensagem de Obadias (o nome significa “que adora Jeová) é contra o orgulho de Edom. É contra a autoconfiança dos edomitas. Observe o verso 3, e veja o que Deus diz: A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas, na tua alta morada, e dizes no teu coração: Quem me deitará por terra? O Monte Seir, lugar habitado por Esaú e seus descendentes, o qual passou a ser chamado de Edom, tinha altura de 1155 metros, sobre a região deserta de Arabá. Talvez, por isso, Deus tenha se referido a “alta morada” do edomitas. Quantas vezes nós já nos sentimos mais e melhores do que o nosso próximo? Quantas vezes já sonhamos em construir nossas moradas nas alturas do orgulho e prepotência humanos? Quantas vezes já falamos em nosso íntimo, agora ninguém me segura, ninguém me impedirá? Pois é! Querido irmão e querida irmã, talvez Deus tenha algo semelhante a nos dizer.

Sabemos que os edomitas são descentes de Esaú (Gn 25:30; 36:1,8,19), irmão gêmeo de Jacó. Quando jovens, brigaram por causa da benção da primogenitura, proferida pelo pai deles, Isaque.

Temos, logo, duas pessoas que foram educadas pelos mesmo pais, mas que eram total mente diferentes tanto no caráter quanto na aparência física, apesar de serem gêmeos. Jacó era dado às coisas de Deus. Esaú gostava de caçar. Jacó era mais humilde, apesar da esperteza. Esaú era orgulhoso.

Mesmo depois de os dois irmãos terem feito as pazes os descendentes de Esaú continuaram nutrindo um grande e profundo ódio pelos descendentes de Jacó (Israel). E isso foi motivo de muita briga e rixa entre ambos.

Foram os edomitas que negaram passagem aos israelitas, quando saim do Egito em direção à Canaã (Nm 20:14-1) foram os edomitas que bateram palmas quando Nabucodonosor levou os israelitas cativos (Sl 137:7). E por isso Deus os repreende com as seguintes palavras “ Mas tu não devias ter olhado com prazer para o dia de teu irmão, o dia da sua calamidade; nem ter-te alegrado sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem ter falado de boca cheia, no dia da angústia;” (Obadias 12).

Eis alguns versos de Obadias que me chamaram a atenção:

1. “Todos os teus aliados te levaram para fora dos teus limites; os que gozam da tua paz te enganaram, prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão puseram armadilhas para teus pés; não há em Edom entendimento” (v. 7).

2. “Não acontecerá, naquele dia, diz o SENHOR, que farei perecer os sábios de Edom e o entendimento do monte de Esaú?” (v. 8). Nesses versos Deus promete acabar com toda a sabedoria humana, pois para Ele não passa de loucura. Interessante notarmos que Edom tinha como capital Sela e mais dua cidades importantes, quais sejam, Bozra e Temã. Segundo o profeta Jeremias 49:7, Temã era uma cidade cheia de sábios, veja as palavras do profeta em três versões: “A respeito de Edom. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Acaso, já não há sabedoria em Temã? Já pereceu o conselho dos sábios? Desvaneceu-se-lhe a sabedoria? (RA); “Contra Edom. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Acaso, não há mais sabedoria em Temã? Já pereceu o conselho dos sábios? Corrompeu-se a sua sabedoria?” (RC); “O SENHOR Todo-Poderoso disse o seguinte a respeito do país de Edom: — Será que o povo da cidade de Temã perdeu o juízo? Será que os seus conselheiros não sabem mais dar conselhos? A sabedoria deles acabou?

(NTLH). Infelizmente eles não tinha o princípio da sabedoria que é o temor do Senhor.

3. “Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a vergonha, e serás exterminado para sempre.” (v.10). Toda violência e todas injustiça cometida contra nós, os filhos de Deus, será vingada por Ele.

4. “Mas, no monte Sião, haverá livramento; o monte será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.(17); “A casa de Jacó será fogo, e a casa de José, chama, e a casa de Esaú, restolho; aqueles incendiarão a este e o consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o SENHOR o falou.” (v.18). Deus promete exterminar o pecado da terra não deixando nem raiz e nem ramos. Infelizmente todo aquele que estiver agarrado em seus pecados, também será exterminado, pois não quis se separar.

5. E para concluirmos queremos usar o verso 15 “Porque o Dia do SENHOR está prestes a vir sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; o teu malfeito tornará sobre a tua cabeça.” O dia do Senhor está prestes a vir. Essas são palavras fiéis e verdadeiras. Sabemos que Jacó e Esaú representam as duas classes de pessoas que enfrentarão o Juízo de Deus. Uma receberá o quinhão: a vida eterna; outra, receberá o quinhão: a morte eterna. Amém! Que Deus nos ajude a estarmos entre a primeira classe.

Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 26/04/2013
Código do texto: T4260640
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