COMENTÁRIO DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2º TRIMESTRE 2013 (Joel)

Um Deus santo e justo (Joel)

Sábado (13/04/2013)

VERSO PARA MEMORIZAR: “O Senhor levanta a voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o Seu arraial; porque é poderoso que executa as Suas ordens; sim grande é o dia do Senhor e mui terrível! Quem o poderá suportar?” (Jl 2:11).

DOMINGO (014/04/2013) DESASTRE NACIONAL (Jl 1:1–12)

O livro do profeta Joel em seu primeiro capítulo fala de um desastre ecológico de alcance nacional, sobre todo o povo de Deus.

Os versos que hoje mais me impressionaram foram os de 9 a 12. No verso 9 o profeta fala que a OFERTA DE MANJARES está cortada da Casa do Senhor. Isto significa dizer que os habitantes não mais poderiam levar as suas ofertas de manjares a Deus.

Mas qual o significado das ofertas de manjares? O original hebraico usa a palavra MINCHAC, que significa algo dado a outra pessoa superior. Essas ofertas consistiam em produtos vegetais como: farinha, azeite, cereal, sal etc. tudo isso é o principal alimento da nação. Era a fonte de sua riqueza.

As ofertas de manjares representavam submissão, dependência e reconhecimento da soberania de Deus. Era esse tipo de oferta que devia fazer com que o povo reconhecesse a Deus como o mantenedor da vida humana.

Deus queria mostrar ao povo que nem poderia fazer absolutamente nada para mudar a situação de calamidade que estava acontecendo. Deus mais uma vez que chamara atenção do povo para Si.

E para nós o que será que Deus quer nos dizer? Será que Ele está nos dizendo que a nossa despensa sempre tem o que precisamos porque é Ele quem nos dá? Será que Ele está tentando nos dizer que se preciso for, cortará o nosso pão, o nosso cereal, para nos salvar das nossas desobediências?

SEGUNDA-FEIRA (15/04/2013) TOQUE A TROMBETA

O profeta Joel nos faz entender que Deus por meio da natureza revela-se a nós, mesma maneira como quer fazer o salmista no salmo 19.

No entanto, essa revelação tem pequenas diferenças nas ações de Deus. O salmista revela a Deus na perfeita harmonia das leis da física, onde tudo funciona perfeitamente, onde um dia segue a outro dia, onde os astros seguem as suas órbitas perfeitamente. Já o profeta Joel mostra a Deus usando a natureza completamente desordenada, para chamar a atenção da humanidade, para mostrar que Deus é Deus e que tudo está sob Seu controle.

As calamidades profetizadas pelo profeta tinham como objetivo admoestar e salvar o povo de Israel, fazendo com que voltassem para Ele. Assim agimos como pai com os nossos filhos. Demonstramos que os amamos por meio dos carinhos, do afeto, dos presentes. Mas também demonstramos que os amamos por meio dos castigos, das broncas e até mesmo por meio da retirada de tudo aquilo que eles mais gostam. Tudo isso para despertá-los de os seus erros e salvá-los. Deus age da mesma forma.

Se compararmos Joel 1 com Apocalipse 7: 3, veremos que Deus irá repreender a raça caída, a qual rejeitou a graça redentora, retirando tudo o que lhe dá o sustento. Porém, nessas duas situações há uma triste e terrível diferença. Em Joel, todo o povo podia clamar ao senhor Deus e ser salvo; já em Apocalipse, infelizmente, não poderá mais clamar a Deus e ser salvo. Só lhes restará o lamento da perdição e morte eterna.

Joel procura despertar o povo exclamando que o Dia do Senhor está perto e vem como assolação do Todo-Poderoso. Diz também que a calamidade alcançaria tal proporção que até mesmo os animais dos campos iriam bramar suspirando por Deus. Infelizmente, nós não conseguimos mensurar as consequências da perdição eterna.

TEÇA-FEIRA (16/04/2013) O DOM DO ESPIRÍTO DE DEUS

Hoje, a lição traz como reflexão os versos 28 e 29 do capítulo 2 “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” e concatena com os versos 1 a 21 do capítulo 2 de Atos.

Em Joel temos a promessa, a profecia do derramamento do Espírito Santo de Deus. Já em Atos 2, temos a cumprimento, embora parcial, da profecia de Joel, porque o derramamento do Espírito Santo não se deu na Sua plenitude. Tal fato, qual seja, o derramamento do Espírito Santo, ser-nos-á necessário para o cumprimento da pregação do Evangelho Eterno e, como consequência, o retorno de Jesus Cristo. Impossível é a pregação do Evangelho Eterno sem a manifestação do Espírito em nós, pecadores.

É o Espírito de Deus que nos fará comprometido com a Verdade que liberta e que nos traz Vida em abundância.

A lição traz uma pergunta no rodapé da página, que nos indaga o seguinte: o que você pode fazer para se tornar mais receptivo ao derramamento do Espírito Santo? Pode até parecer uma pergunta muito pessoal, mas é, não. Explico-me. Os passos para recepcionarmos o Espírito Santo são quase sempre os mesmos para todos nós. Por exemplo: 1º voltarmos para Deus diariamente; 2º jornada espiritual tanto pela manhã, nas primeiras horas, quanto pela tardinha ou noite antes de deitarmos; 3º culto familiar; 4º pregação do evangelho; 5º abstinência de tudo que é prejudicial à saúde física e uso moderado que é saudável, 6º pratica regular de exercício físico; 7º descanso, entre outros.

Tudo isso é necessário para recepcionarmos o Espírito Santo de Deus. Logicamente. Alguns não poderão, por motivos particulares, cumprir a algumas das situações descritas acima. Mas nãopderão se escusar de todas, pois se o fizer ao relacionamento com estará comprometido.

QUARTA-FEIRA (17/04/2013) PROCLAMANDO O NOME DE DEUS

A sabedoria de Deus é insondável, é imperscrutável, é inescrutável. Ele procura mostrar-nos que tudo aquilo que colocamos em 1º lugar em nossas vidas, ou seja, fazemo-lo um deus, não passa de coisa vã, de coisa fútil.

Observemos por exemplo as 10 pragas que sobrevieram ao Egito à época de Moisés. Deus não as escolheu de maneira aleatória. Cada praga teve um objetivo, uma lição a ser ensinada.

Vejamos os significados das pragas. As serpentes eram objetos de culto dos egípcios, e eles, ao verem a serpente de Moisés devorar as serpentes dos magos, eram para perceber que o seu não podia fazer absolutamente nada para salvá-los. A segunda e terceira praga foi dirigida ao rio Nilo, outro objeto de culto; Deus mostrou a eles que esse rio nada tinha de sobrenatural. A quarta praga, que foi dos piolhos, tinha como objetivo de encerrar qualquer tipo de culto dos egípcios, pois eles criam que qualquer pessoa, na qual abrigasse um inseto, como o piolho, não podiam aproximar-se de o seus altares, por isso os sacerdotes egípcios rapavam a cabeça e depilavam seus corpos e usavam roupas de linho, para não se contaminarem. Daí eles falarem: “isso é o dedo de Deus”. A quinta praga tinha como objetivo mostrar que Belzebu ou o deus-mosca, o qual acreditavam que era ele o responsável por expulsar os exames de moscas; fico imaginando os sacerdotes egípcios suplicando a Belzebu que retirasse as moscas, mas tudo em vão. A sexta praga destruiu os gados, outro objeto de culto. A sétima praga, a qual Moisés pega um punha do de cinza e lança no ar, tinha como objetivo mostrar que aquela cinza não tinha poder de afastar o mal, como eles acreditavam; dizem os estudiosos que naquela ocasião os egípcios sacrificavam queimando pessoas vivas sobre o altar de Tifom ou Princípio do Mal e em seguida pegavam as cinzas e lançavam ao ar, para afugentar o mal, mas pelo visto o feitiço se voltou contra o feiticeiro. A nona praga se voltou contra o deus deles chamado Serápis, o qual eles acreditam ser o responsável por expulsar as pragas de gafanhotos, em determinada época do ano. A oitava e décima se voltaram contra o culto de Ísis e Osíris, deus que representavam o sol e a lua.

Em Joel 2:31 e 32, a mesma coisa é anunciada pelo profeta, ou seja, os astros celestes que eram adorados pelos pagãos e também por muito israelitas apostatados, não iriam poder ajudá-los no momento das calamidades que prometera trazer as nações.

Com a nossa geração não é e nem vai ser diferente. Tudo aquilo em que nós depositamos a nossa confiança e glória, Deus nos mostrará que não passam de coisas vãs. Tomemos como exemplo a política. Quantas e quantas pessoas depositam as suas esperanças que este ou aquele governante irá trazer a paz e a estabilidade a nação. Mas que no final é só decepção. Os escândalos e a corrupção, a pedofilia entre os governantes, ressalte-se (e por falar em pedofilia, o profeta Joel já falara a respeito do assunto, Jl 3:3) estão aí para mostrar que só Deus é a nossa única esperança.

Quanto ao Dia do Senhor, tema central do livro, o profeta faz uma exclamação e uma interrogação, respectivamente, no capítulo 2 no verso 11 “sim, grande é o Dia do Senhor e mui terrível! Quem poderá suportar?”

As palavras do profeta Isaías 25:9 se comunicam com as palavras de Joel supracitadas, pois responde a indagação feita. Isaías diz-nos o seguinte: “Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor. Aquém aguardávamos; na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos.” Observemos os principais verbos significativos ou de ação “esperávamos” e “aguardávamos”.

Dessumimos, portanto, que os que estão esperando e aguardando, são os que suportarão a volta de Cristo ou o Dia do Senhor, como diz Joel. Mas infelizmente muito ainda estão no vale da decisão, mesmo estando tão perto o Dia do Senhor (Jl 3: 14).

QUINTA-FEIRA (18/04/2013) REFÚGIO EM TEMPOS DE PROVAS

Sempre que ouvimos ou lemos uma palavra qualquer, mas conhecida por nós, vem-nos à mente uma imagem. É essa imagem que nos faz rememorar a sua significação. Essa significação está relacionada diretamente com as nossas experiências.

Assim, todas as vezes que ouço a palavra prova ou tempos de provas, tal qual usada no título da lição, a imagem que me vem à mente é um período de avaliação, de exames, onde um grupo de pessoas é submetido a teste de conhecimento, uma espécie de “culturômetro”, seja matemático, linguístico, artístico seja biológico, histórico, físico. Acho que isso acontece devida as minhas experiências como aluno e como professor.

Essas minha experiências também têm mostra-me, portanto, que a quase totalidade dos alunos tem o péssimo hábito de prepararem-se somente 24h antes do dia da prova. Daí, grande números de notas baixas e consequentemente a reprovação. Há também aqueles que se fiam na famosa “cola” em que levam para a sala de aula. Há também aqueles que se fiam em colegas que estudiosos e aplicados.

Por que estou falando isso? Explico-me. No que diz respeito à salvação, nenhum dos métodos citados acima nos fará ser aprovados no Dia do Senhor.

É um ledo engano acharmos que termos condição de nos prepararmos para o grande dia da provação, que sobrevirá ao mundo, somente uma semana ou 24h antes. É maio engodo acharmos que poderemos nos fiar na santificação e na fé de um conhecido ou de um parente nossos, que foi mais aplicado do que nós.

Sabia que existem três tipos de perdão? São eles: a anistia, o indulto e a graça. Sabe qual a diferença entre eles? A anistia é um perdão político. O indulto é um perdão coletivo. Já a graça é um perdão “individual” não solicitado e imerecido.

A palavra de Deus nos diz que somos salvo pela graça de Deus, entendeu?!! Somos salvo individualmente e sem merecimento próprio. Além disso, a palavra de Deus nos diz que Ele nos amou primeiro e nos ofereceu o Sua graça (perdão) sem solicitação por parte do homem pecador, pois após o pecado de Adão e Eva, eles não teriam condição de solicitar nada de bom.

A lição de hoje fala sobre “refúgio em tempos de provas”. Refugiar-se, nesse contexto, podemos interpretar como fiar-se em algo ou alguém. Lembra que foi dito que muitos se fiam em colegas mais estudiosos e aplicados, no dia da prova? Lembra que foi dito que não podemos nos fiar na santificação e comunhão de conhecidos e/ou parentes, no Dia do Senhor? Pois é, tudo isso é verdade. Mas graças a Deus que nós podemos e devemos nos fiar (refugiar) somente em Cristo Jesus. Aí sim, suportaremos o “mui terrível Dia do Senhor”.

Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 20/04/2013
Código do texto: T4250114
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