FÁTIMA BERNARDES, uma candeia de luz na tevê.
nair lúcia de britto

Hoje, 17 de abril de 2013, o Encontro com Fátima Bernardes debateu sobre a diminuição, ou não, da maioridade penal. Este programa tem cada vez mais a minha simpatia porque discute sobre problemas sociais vitais que, até então, pouco se falava. Isto paralelamente ao aspecto lúdico, agradável graças aos artistas e outros convidados que trazem sempre uma boa mensagem.

Hoje, a meu ver, a qualidade do programa atingiu ao auge porque debateu um problema crucial sobre a violência e impunidade principalmente em relação aos menores de idade.

Sob o meu ponto de vista, reduzir a idade para a marioridade penal seria apenas uma medida paliativa que não resolverá a questão da violência, porque são muitos os fatores que alimentam o problema que deve ser solucionado a partir da sua raiz e daí por diante.

A raiz do problema é a gravidez na adolescência induzida por uma educação cultural errônea copiada de outras culturas, com o apôio da mídia que valoriza o prazer sexual sem freios e sem educação; cultivado sem noção e cada vez mais cedo. No passado uma criança com doze anos de idade brincava com bonecas; hoje ela brinca com crianças de verdade.

Uma adolescente (de onze a dezoito anos de idade) não tem estrutura física, psicológica e noção de responsabilidade para ser mãe. Queima uma etapa maravilhosa de alegria e diversão pelo risco de vida, em primeiro lugar, e uma série de outras preocupações.

São tantas as crianças nascidas ao Deus dará que o tráfico de crianças, um crime que tornou-se comum e que só agora veio à tona, graças a novelista Gloria Peres.

Não se deve colocar a candeia sob o alqueire, porque sem a luz da razão a fé enfraquece, disse Jesus.
Mas a humanidade é cega, surda e muda e segue facilmente a tudo que a mídia ensina de errado. O dever da mídia é colaborar para o progresso social, mas muitos visam o lucro e pornografia no Brasil, infelizmente, dá lucro. Mas felizmente a maioria leva a Comunicação a sério, e está cumprindo com o juramento feito ao se formar jornalistas.

Fátima Bernardes é uma candeia de luz na tevê. Ela não dita regras de comportamento, mas para traz e discute as situações preocupantes, ouve opiniões de pessoas que têm cultura, discernimento e consciência.

As crianças desprotegidas e desamparadas são as vítimas inocentes que mais sofrem. O único caminho que se abre para elas é o da criminalidade; e os verdadeiros responsáveis por suas vidas permanecem alheios à gravidade do erro.

Outra questão é a inexistência de uma censura nos meios de comunicação porque infelizmente pornografia e violência é confundida com a verdadeira arte. A arte é um dom de Deus e tudo que Deus nos concede é para ser usado para o bem; jamais para o mal.

O Brasil chegou às raias do absurdo querendo impingir o filme pornográfico “Bruna Surfistinha” para representar o cinema brasieliro. Se isso ocorresse, de fato, eu teria vergonha de ser brasileira. Felizmente o filme “O Palhaço”, salvou a nossa cara.

O dinheiro público arrecadado com o suor dos brasileiros também deve ser respeitado e utilizado em prioridades como Educação, Saúde e Segurança que, enquanto estiverem capengas, não pode ser gasto em despesas supérfluas.

Dia desses eu vi uma reportagem sobre o sistema prisional brasileiro. Os encarcerados em grande número amontoados num pequeno espaço, sem a menor condição humana e gritando suas necessidades prementes.

Não é passando a mão na cabeça do criminoso o que o recupera. Mas também não é esse sistema bárbaro. Se o Padre Anchieta converteu os selvagens, primeiros habitantes do Brasil, por que é que os padres não podem seguir esse exemplo.

Essa sim seria uma missão abençoada e aprovada por Deus. Mas, na ausência desses missionários, existem profissionais aptos para recuperá-los de acordo com as leis divinas: as mais justas e mais amorosas.

O trabalho e a preparação profissional é imprescindível porque a ociosidade, todo mundo sabe, é oficina do diabo.

O que temos hoje são corações destroçados, o povo clamando por justiça, trabalhadores ameaçados abandonando suas profissões; pessoas produtivas, úteis à sociedade desaparecendo... ausência de Paz.

Como dizia Chico Buarque de Holanda: Deus, afasta de nós esse calice de vinho tinto de sangue.
 

Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 17/04/2013
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T4245631
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