COMENTÁRIO DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2º TRIMESTRE 2013: (Oséias, parte 2)

Amor e julgamento: o dilema de Deus

Sábado (06/04/2013)

VERSO PARA MEMORIZAR: “Converte-te a Deus, guarda o amor e juízo e no teu Deus espera sempre” (Os. 12:6).

O que mais intriga-me nesse verso é o verbo esperar. Pelo pouco tempo de vida que tenho nunca a prendi a esperar e nunca conheci alguém que goste de ficar esperando. Seja na filha de um banco, seja em um encontro ou até mesmo quando espero o meu computador ligar fico impaciente, e olha que ele não leva nem 60 segundo para isso.

Somos imediatistas. Somos impacientes por natureza, talvez por isso o apóstolo Pedro tenha dito em uma de suas cartas que Deus não demora com a sua promessa, como julgam alguns (apressadinhos); pelo contrário ele é longânimo para conosco não querendo que nenhum de nós pereça. (2 Pedro 3: 9). Deus tem algo a nos ensinar, quando pede para nós esperar. Tenho pedido a Ele que me conceda tal virtude. Na realidade o que Deus está nos pedindo é para nós confiarmos sempre nEle, pois é Ele quem nos concede tudo o que precisamos. No entanto para que tenhamos nós essa confiança é preciso seguir a ordem de Deus em uma sequência lógica, tal qual a escrita no verso para memorizar, a saber: converter-nos, guardar o amor e juízo, para só então conseguirmos esperar em Deus sempre.

DOMINGO (07/04/2013) ENGANADO E INSENSATO

Os versos 11 e 12 do capítulo 7 de Oséias comparam a tribo de Efraim a uma pomba facilmente engana e sem entendimento. As pombas são aves bastante conhecidas na região da palestina. Elas são extremamente frágeis e quando assustadas tremem de medo.

O contexto histórico do capítulo 7 nos mostra que Israel estava em apostasia nacional e que também estava depositando toda a sua confiança na Assíria e no Egito. Na realidade Israel tinha feito laços de amizade política. Amizade esta que estava comprometendo a vida espiritual da nação.

Deus sabia da fragilidade de seu povo quando este se afastava dEle. Por isso a comparação com a ave pomba. Esta ave é facilmente pega pelo caçador. A palavra de Deus nos diz que o Diabo, nosso adversário, anda em nosso redor como um leão que ruge, querendo devorar a sua presa (1 Pedro 5: 8).

Lição que podemos tirar: Efraim representa a nós, povo de Deus. A Assíria e o Egito representam ao mundo secular e as suas iguarias. Por tanto somos presa fácil para o mundo se nos separarmos de Deus, semelhante à tribo de Efraim. Fazer aliança com o os deuses desse século pode ser uma caminho sem volta.

SEGUNDA-FEIRA (08/04/2013) BEZERRA DOMADA

Hoje os versos 11 a 13 do capítulo 10 de Oséias falam de arrependimento e conversão do povo de Deus e como consequência o derramamento do Espírito Santo de Deus sobre e em nós. Temos nesses versos o chamando de Deus ao reavivamento e reforma. Ações fundamentais, para que Ele “chova a justiça sobre nós”.

Antes de Deus chamar a Israel ao arrependimento, Ele declara os pecados cometidos pela nação, a qual deveria ser santa. Eis alguns dos pecados: luxúria, múltipla idolatria (multiplicou os altares e colunas), coração falso, palavras vãs, juramento falso... a lista continua.

No verso 9, Deus declara que o povo permanece no pecado. Ai a coisa complica! Pois permanecer no pecado é pecar contra o Espírito Santo. E pecar contra o Espírito Santo não há perdão.

A vida segue uma sequência lógica: causa/consequência. Isso é inevitável. Por isso Deus fala no verso 13: “Arastes a malícia, colhestes a perversidade; comestes o fruto da mentira, porque confiastes nos vossos carros e na multidão dos vossos valentes”.

Quem são os nossos carros e nossos valentes? Será que os temos? Estamos depositando neles a nossa confiança? Já “é tempo de buscar ao Senhor”. Já é tempo de buscar a justiça de Deus, pois a nossa não passa de um trapo de imundícia.

TERÇA-FEIRA (10/04/2013) UM FILHO APRENDENDO A ANDAR

Hoje e amanhã estudaremos o capítulo 11. Os versos de hoje são o 1º e o 3º. Eles dizem assim: “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito eu chamei o meu filho. [...]. eu ensinei a andar a Efraim; tomei-o em meus braços, mas não atinaram que os curava”.

Há no verso 1º uma oração de temporalidade, que marca de maneira simbólica o tempo em que Deus começou a amar a Israel: “Quando Israel era menino”. No verso 2º (leia o verso em sua Bíblia), existe uma oração de proporcionalidade, que marca a proporção do amor de Deus a Israel, no entanto, esse amor e inversamente proporcional, ou seja, quanto mais Deus ama a Israel, menos Israel o ama.

Fiquei pensando nessas palavras de Deus e cheguei a seguinte com conclusão: só poderão entender o que Deus está falando quem é pai ou quem é mãe. Pois não dá para compreender o que nós pais sentimos com a ingratidão de um filho. Só que depois da oração tempo e proporção, o verso 3º inicia com uma conjunção de contrariedade ou adversidade: “Todavia”. Essa conjunção mostra que mesmo Israel não amando a Deus, Ele ama assim mesmo a Israel.

Em todo o capítulo 11, Deus declara o seu imensurável amor pela raça pecadora e mostra a preocupação com o as suas escolhas. Ele lança mão da DISCIPLINA para corrigir o povo e trazê-lo de volta aos seus braços de amor.

A disciplina de Deus é a PEDAGOGIA DO AMOR DIVINO. Diz a sua palavra no verso 3º que a sua disciplina “cura”. É por meio dela que Deus nos salva de nossas tolices e de nossas teimosias. Assim eu o fiz e o farei com os meus três filhos. Quando percebo que eles estão indo na direção errada, eu os disciplino. A medida da disciplina é proporcional as suas condutas errôneas. Sempre que eu preciso lançar mãos da disciplina eu digo a eles qual a finalidade, qual o meu objetivo, ao repreendê-los.

No verso 5º, Deus diz que Israel “recusa-se a se converter”. Isso é com certeza é muito dolorido ao coração de Deus. Sei muito bem disso, pois é exatamente o que sinto quando percebo que os meus filhos estão obstinado a fazer o que é errado, mesmo após serem disciplinados.

A lição pede que leiamos os seguintes versos:

1. Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o Senhor, Teu Deus. (Dt. 8:5);

2. O que retêm a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina. (Pv. 13:24);

3. Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo o filho que recebe. (Hb. 12: 6);

4. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. (Ap. 3:19)

Agora que já leu, responda você às perguntas feitas pela lição: “qual é o ponto comum desses textos? Que conforto encontramos neles?”

A primeira pergunta já respondemos ao longo do comentário. Já a segunda, preferimos deixar para você responder, pois conforto é algo muito subjetivo, muito pessoal.

QUARTA-FEIRA (10/04/13) COMPAIXÃO MAIS FORTE DO QUE A IRA

Compaixão, expressão derivada do latim compassione, é um pesar que em nós desperta a infelicidade, dor, o mal de outrem. Ira também provém do latim ira e significa desejo de vingança.

Os versos de hoje, 8 e 9 do capítulo 11, exprimem mais uma vez o amor incondicional de Deus por mim e por você. ainda bem que é assim, pois se retirarmos a amor incondicional de Deus por nós das mensagens bíblicas, então só restará a ira, o castigo, a cólera, o desejo de vingança.

Observe as perguntas feitas por Deus nos versos citados acima: “Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria com a Admá? Como te faria um Zeboim?” São perguntas de um apaixonado ao saber que foi traído, e que por isso teria todos os motivos para virar as costas e ir embora. No entanto o apaixonado olha para a pessoa apaixonante e diz: como posso te deixar, meu amor? Como viverei sem você?

A mesma situação ocorre quando um filho faz algo que desagrada ao pai ou mesmo o deixa irritado, mas depois de algum tempo, o filho vira-se para o pai e diz: pai, o senhor me perdoa? Então, o pai responde: como poderia deixar de te amar, meu filho?!!

As mensagens de Oséias são fortes, são contundentes, são cortantes, são desmascaradoras; mas são muito mais confortadoras, refrigeradoras e apaziguadoras.

A lição faz uma pergunta, logo após a leitura dos versos em Romanos 5: 8, 1 Pedro 2: 24 e Gálatas 3: 13, muito interessante: como esses textos, ainda mais do que Oséias, revelam a “extensão” do amor de Deus pela humanidade?

Eis uma pergunta difícil, ou melhor, impossível de ser respondida com exatidão. Nem mesmo o Apóstolo João conseguiu expressar a extensão do amor de Deus por nós, ao dizer que Deus amou ao mundo de uma “tal maneira”....(João 3:16).

Lei agora os verso solicitados pela lição

1. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Rm. 5:8);

2. Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. (1 Pe. 2:24);

3. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro) (Gl. 3: 13).

QUINTA-FEIRA (11/04/2013) CURADO, AMADO E SUSTENTADO

Não poderia falar do verso 9 do capítulo 14 de Oséias, sem antes tecer algumas reflexões sobre o capítulo 13. Na minha Bíblia que é a João Ferreira de Almeida, revista e atualizada, esse capítulo tem um título: castigo definitivo.

Deus novamente escancara a vida de seu povo. A idolatria chegou a tal absurdo e descaramento que “homens até beijam bezerros!” (13:2); “fazem ídolos segundo o seu (dos homens) conceito”. Aqui, nessa passagem, encontramos o “achismo” humano. Fica evidente que os nossos conceitos, se não estiverem baseados num “Assim diz o Senhor”, levaram-nos a perdição.

Deus constantemente nos alerta sobre o perigo da idolatria. O problema está em nós acharmos que idolatria só se dá, quando nos ajoelhamos diante de algo ou alguém que não seja Deus. Mas isso é um equívoco, pois vimos que até os nossos conceitos podem estar ocupando o lugar de Deus em nossas vidas. A avareza, por exemplo, não é um ídolo? Então?!!

Ainda no verso 6, Deus revela o que nos faz esquecer dEle: a soberba. Por isso Ele diz: “ensoberbeceu-se-lhes o coração; por isso, se esqueceram de mim”.

E a nossa ruína, de onde será que provém? Escute o que Deus tem a nos falar: “a tua ruína, ó Israel, vem de ti” (verso 9). Isso significa dizer que não adianta querer botar a culpa em alguém pelo nosso pecado e perdição eterna. No entanto, Deus diz que Ele diz que está pronto para nos socorrer, quando diz: “só de mim vem o teu socorro” (verso 9).

Há que se destacar um imperativo divino no verso 4: “...; não conheceras outros deuses além de mim, porque não há salvador, senão eu”. Incrível como nós sabemos disso, mas mesmo assim buscamos salvação em outras coisas, como, por exemplo, nosso emprego, nosso estudo, nosso líder espiritual, nossos conceitos e até mesmo na nossa igreja, pois muitas vezes dizemos “templo do Senhor, templo do Senhor” (Jeremias 7:4), achando que estamos salvos por que professamos ser de tal denominação ou por que professamos servir a Cristo.

O capitulo 14 começa com uma solicitação “volta, ó Israel, para o Senhor, teu Deus”. Mas uma vez o amor de Deus se mostra complacente para conosco. Mesmo caído pelos nossos pecados (verso 1), Eles está disposto a nosso acolher em Seus braços de amor. Para isso basta que tenhamos palavras de arrependimento e nos convertamos ao Senhor, dizendo: perdoa toda a nossa iniquidade e aceita o que é bom: os sacrifícios dos nossos lábios (verso 2). Essa é a condição para que a promessa de Deus seja cumprida em nossas vidas.

O verso 9 diz o seguinte: “Quem é sábio, que entenda estas coisas; quem é prudente, que as saiba, porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão”.

Para finalizar, quero me ater nas seguintes palavras: sábio e caminho reto. Onde encontramos a sabedoria? Será na internet? Será nas escolas? Será nos livros? A sabedoria é um dom de Deus. Só Ele poderá nos dar, mas para isso nos temos que pedir a Ele, por isso Tiago diz: “Se alguém necessita de sabedoria peça a Deus, que a dá” (1:5). Já “caminho reto”, significa dizer que é um meio que leva algo de um ponto a outro. É, no entanto, sabido que a menor distância entre dois pontos é uma reta. Assim, querido irmão, Deus está nos dizendo que não adianta quer andar fazendo curvas, pois isso irá dificultar a nossa chegada a Deus. O mais provável, se fizermos curvas, é nunca chegarmos a Ele. Lembre-se: os “transgressores cairão”.

Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 12/04/2013
Reeditado em 20/04/2013
Código do texto: T4236640
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