positivismo

Positivismo

A abordagem dessa temática é de suma importância para nós, pois falar em positivismo nos remete a compreender uma corrente filosófica que quebra diversos paradigmas, tais esses que de certa forma houve críticas, tendo como seu principal objetivo abordar de forma geral uma igualdade das ciências naturais para a ciência social, ou seja, caracterizá-la como método de estudo levando em conta aos pontos e a maneira como a ciência natural estuda, trazendo esses pontos pra ser aplicada na ciência social, onde essa ciência social deve ser uma ciência objetiva, neutra, livre de juízo de valor, de ideologias políticas sociais ou outros. Por exemplo: “o cientista social deve estudar a sociedade com o mesmo espírito objetivo, neutro, livre de juízo de valor, livre de quaisquer ideologias ou visões de mundo, exatamente da mesma maneira que o físico, o químico, o astrônomo, etc.”

A origem do positivismo se deu a partir das idéias desenvolvida “a filosofia das luzes” onde esta lutava contra as ideologias dominantes a clerical, feudal, absolutista. Um dos filósofos que também lutou contra essas ideologias foi o Condorcet este que é matemático, seu princípio era de formular uma idéia de que a ciência da sociedade, nas suas várias formas, devia tomar um caráter matemático social, ser o objeto de estudo matemático, numérico, preciso e rigoroso. Convenhamos aqui falar sobre Saint-Simon este que se considera discípulo de Condorcet, onde ele formula uma ciência segundo modelo biológico “para ele, a ciência social tem por modelo a fisiologia, chama à de nova ciência da sociedade de fisiologia social.” Saint era um socialista utópico, e sua análise em sua fisiologia social tinha como finalidade “demonstrar que, por exemplo, certas classes sociais são parasitas do organismo social, referindo-se aí à aristocracia e ao clero.”

Augusto comte foi um dos principais representantes do positivismo sua idéia vem de que a ciência é um meio que se pode explicar qualquer manifestação natural e humana, comte partia de três princípios básicos:

1. Teológico: o ser humano explica a realidade por meio de entidades supranaturais (os "deuses"), buscando responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?"; além disso, busca-se o absoluto;

2. Metafísico: é uma espécie de meio-termo entre a teologia e a positividade. No lugar dos deuses há entidades abstratas para explicar a realidade: "o Éter", "o Povo", "o Mercado financeiro", etc. Continua-se a procurar responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?" e procurando o absoluto é a busca da razão e destino das coisas.

3. Positivo: etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas sim o "como", por meio da descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de coexistência. A imaginação subordina-se à observação e busca-se apenas pelo observável e concreto.

Durkheim também faz parte dessa corrente, trazendo consigo uma ideologia e pensamento que contribua nessa corrente positivista, Durkheim dá ênfase ao pensamento de comte, “a ciência social não podia progredir enquanto não Haia estabelecido que as leis da sociedade não são diferentes das que regem o resto da natureza e que, portanto, o meado que serve para descobrir essas leis não é diferente do método que se aplica nas ciências naturais.esta foi a contribuição de August comte à ciência da sociedade.” Para durkheim o objeto da sociologia é estudar os fatos, ele defende também que um sociólogo deve calar com suas prenoções e paixões à determinados assuntos, ao simpatizar com o individualismo, com o socialismo, com o liberalismo, com os operários, com os proprietários ou seja um sociólogo ele não deve impor-se a razão sentimental em suas pesquisas a tal estudo direcionado algum tema, pois para durkheim quando um sociólogo silencia a esses fatores ele poderá iniciar o discurso objetivo da ciência.

Cabe aqui uma citação em que é o principal método do positivismo aceito em um discurso de um tema.

“pode-se perceber que todas essas formulações são psicológicas: pôr de lado as prenoções, fazer calar as paixões, chegar através do sangue frio à imparcialidade científica, ignorar preconceitos, etc. essa é receita clássica do positivismo para resolver da objetividade científica na ciência social, para resolver a contradição entre a existência de ideologias, utopias, visões sociais de mundo (o que ele chama de prenocões, preconceitos, paixões, nós chamamos de ideologias, utopias e visões sociais de mundo), a solução é um esforço do sociólogo para eliminar esses elementos perturbadores”

Marx weber não é um positivista, mas teve uma pequena contribuição com o seu pensamento na idéia da ciência social livre de juízos de valor, ele teve como base as idéias de seu professor rickert onde ele discute que numa discussão científica: a realidade, por definição, é infinita ou seja ele defende que a realidade é um conjunto infinito, e que deve-se selecionar os fatos e torná-los universais. Rickert apresenta “uma solução muito pouco consistente: ele diz que os valores que servem para essa distinção são universais, aceitos por todos”. Marx aceita as proposições de seu professor discordando apenas de que os valores não são universais, para Max a cultura, a nação, a religião tem valor diferente. Mar web afirma que “cada sujeito do conhecimento científico tem seus próprios valores, suas próprias idéias sobre valores”.

Para fazer uma abordagem do positivismo e sua influência na história cabe aqui falar um pouco sobre o texto a escola metódica dita, ”positivista onde que o pensamento positivista está incluso na forma de como um historiador deve abordar tal assunto, para isso trataremos de um historiador filosófico a Ranke em que a sua resistência ás filosofias da história se fundaria em alguns princípios de método.

“O historiador não é juiz do passado, não deve instruir os contemporâneos, mas apenas dar conta do que realmente se passou”

“Não há nenhuma interdependência entre o historiador, sujeito do conhecimento, e o seu objeto, os eventos históricos passados. O histórico seria capaz de escapar a todo conhecimento social, cultural, religioso, filosófico etc. em sua relação com o objeto, procurando a “neutralidade”;

A história cientifica é produzindo por um sujeito que se neutraliza enquanto sujeito para fazer aparecer o seu objetivo, ou seja de modo algum um historiador deve construir hipóteses, julgar e problematizar o real, pois os fatos em se devem ser , tem sua objetividade, o papel do historiador apenas tem que pegar esses fatos recortar e agrupá-los de uma forma coerente, para se atingir uma verdade objetiva.

“O historiador deve se manter isento, imparcial , emocionalmente frio e não se deixar condicional pelo seu ambiente sócio-político-cultural”.

Portanto pode-se dizer que a concepção positivista em tornar a ciência social, em uma ciência natural é o foco do assunto, tendo grandes influências e também críticas, pois tornar uma ciência que de fato alguns socialista e historiadores rementem a abordar certos assuntos direcionando suas razões e de certa forma seu caráter sentimental dentro de um discurso de uma pesquisa, é inadmissível para o pensamento.

Regina Bruna
Enviado por Regina Bruna em 16/03/2013
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