Síntese do texto: Infância em Resistência às Políticas Internacionais
Políticas da educação infantil versus a influência do Banco Mundial.
A infância não é nem nunca foi um estágio imutável do desenvolvimento humano.
Política pública social: “ações e omissões que demonstrem uma determinada modalidade de intervenção do Estado em relação a uma questão de interesse da sociedade civil”.
Percebe-se uma grande lacuna entre os interesses dos cidadãos, sejam eles pais, mães e crianças, e os do Estado...
“Existem claros sintomas de contradições entre os discursos social e político sobre a infância e as práticas sociais relacionadas com as crianças”. Divórcio entre legislação e realidade.
Constituição de 1988, foi um marco para visibilidade da infância e da educação das crianças pequenas.
Foi a expansão do trabalho das mulheres nos anos 60 que legitimou as instituições de Educação infantil como lugares próprios para a educação das crianças pequenas de todas as classes sociais no Brasil.
È interessante perceber que os empréstimos concedidos pelo Banco Mundial para os projetos na área educacional são mínimos, quando comparados ao total gasto em educação no Brasil. Seu controle, contudo é proporcionalmente maior do que seu papel financiador.
Para o Banco Mundial...O entendimento de criança como um futuro trabalhador produtivo.
Educação básica é vista somente como um meio de prevenção de futuros problemas.
Na Itália a infância e educação de crianças pequenas são amplamente visualizadas nas politicas. Com inclusão destas em todas as instancias da vida social: na agenda da programação artística das cidades; nas bibliotecas para crianças; também nas propostas de educação para crianças pequenas.
Desaparecimento da Infância?
Intendimento da infância como uma invenção(Postman). Para o autor a prensa tipográfica, assim como a alfabetização, introduziu uma nova configuração de idade adulta. E isso influenciou para que a ideia de infância se concretizasse.
A sociedade Europeia reinventou as escolas. E ao fazê-lo, transformou a infancia em uma necessidade.
Postman, responsabiliza a infância pela nova organização familiar, especialmente pela expansão da escola.
Crianças como atores sociais e não como meros receptores de informações, principalmente oriunda da mídia.
Idade adulta significa “mistérios desvendados e segredos descobertos”. Logo, se as crianças tema cesso à maioria das informações, não seria distinguidas de outro grupo.
A escola é “única instituição que nos resta baseada no pressuposto de que há diferenças importantes, entre a infância e a idade adulta e que os adultos tem coisas de valor a ensinar as crianças”.
Kindercultura: ideia de infância a partir, basicamente do consumo.
Grandes corporações produzem o que a autora chama de currículo cultural, para as crianças, o que implica:” interesses comerciais que agem não em favor do bem social, mas da vantagem individual”.
O mito da infância inocente vem-se rompendo.
“Transformar crianças em consumidores”: onde tudo é disfarçado pelo divertimento.
Falta de diferenciação simbólica entre adultos e crianças motivada pelo consumismo. Inviabilizando o que Freud chamou de latência. Ideia de criança como um vir a ser e, Afinal, ela já é.