As dores e os sentidos da morte
Quando a pessoa que parte ainda goza de juventude, a dor de quem fica é muito maior do que quando a velhice já o acompanha.
Talvez quando a pessoa vive o suficiente para ficar velha, em meio a esse itinerário, a vitalidade é perdida, e a pessoa vai aos poucos perdendo o lugar na família e também fica desinteressante para os amigos, e então, parece que aquela pessoa já se foi há muitos anos, só restando no lugar uma pessoa sem vida, deslocada na família; apenas um fardo para os que ficam.
Podemos achar cruel essas citações, mas na realidade todos nos caminhamos para esse fim.
Quem parte cedo deixa na vida dos entes queridos toda dor de uma vida que se abreviou por qualquer motivo, mas os que partem tarde, é como um alivio de conformidade para aqueles que os conduzem como uma criança, que ao invés de ser para uma vida longa, será para um fim de uma vida.
O tempo que se perde com esses idosos, podem ser movidas por duas coisas, gratidão ou importuno, mas na verdade não sabemos quem sente o quê.
A velhice é como uma doença incurável, que vai atingir a todos levando-os à morte certa.
Na verdade só pensamos em na velhice quando ela nos golpeia com um choque de realidade, que a nossa existência é mortal.