A tal crise dos vinte e tantos

Quão confusos podem parecer os dias, nessa fase, onde nos pegamos em resquícios de uma adolescência já perdida...

Essa fase em que você começa a perceber, que já não tem tantos amigos quanto antes, muito embora os que restaram, sejam os que sempre valeram à pena...

Essa fase em que as multidões já não são divertidas, pelo contrario, até incomodam...

Você começa a achar estranho, se relacionar todos os dias com as mesmas pessoas, mas ao mesmo tempo, se vê em uma total falta de tempo para conhecer novas pessoas de uma maneira a criar laços...

Percebe que não conhece seus vizinhos..

Que sua família já não se reúne como quando você era criança

Você se da conta, de que já viveu um quarto da sua vida, e mais que isso, percebe que provavelmente já viveu um terço da sua vida ativa...

Passar três dias bebendo, e agindo como um idiota, começa realmente a parecer uma coisa estúpida...

Três dias seguidos de festa, começa a parecer cansativo, e muito caro para as responsabilidades que você passou a ter...

Seus amigos, e pessoas de convívio alguns anos atrás estão todas casadas, noivas, namorando, ou solteiras, mas reclamando que todos os amigos dela estão casados...

Você percebe que talvez, não esteja fazendo tudo que gostaria, ou que sonhava alguns anos atrás, mas que enfim, sua vida hoje não é tão ruim, se comparada à vida que seus pais tinham na sua idade...

Você percebe que apesar de querer se agarrar ao passado, ele realmente já passou, e você não tem outra opção a não ser continuar avançando...

Você percebe que precisa se preocupar cada vez mais com dinheiro, reservas e planejar um futuro confortável pra você...

Enquanto muitos ainda dizem que você ainda é novo, esta na flor da idade, você já começa a sentir que não tem o mesmo pique de três anos atrás, a mesma disposição do ano passado para coisas banais que antes lhe tomavam muito a atenção...

Parece que ainda ontem tínhamos 15, 18... E amanha? 30, 40? Você vai ficar ai parado?

“Voltamos a viver, como há dez anos atras, e a cada hora que passa envelhecemos dez semanas...”