O homem do "vou além".

Sabe aquelas conversas de mesa, sem pensar em cama?

Um olho no olho e o outro nas mãos inquietas, disfarçando as bandeiras, colando um papo noutro. Falando sobre coisas e pessoas. Pergunta-se do nada, tudo; sobre os medos, da vida, da morte, quem acredita em sorte...

Perde-se, como quem nada quer deixar de saber logo, por saber tão pouco. Ganha-se, pelo pouco ser bom, mas não bastante.

Tá, não espero muita coisa de ninguém hoje em dia, tenho visto, lido

e ouvido, o mal banal, já tão natural, que não tenho me impressionado com seres humanos adultos, adúlteros, adulterados... Ela dizia.

Até o intervalo. Hasta!

Mas a moralidade, a oralidade, a idade, fazem um diálogo interessante.

Blá-blá-blá, ti-ti-ti... Có!

Quanto àquele ar de 'você não me conhece', que é que tem demais? Alguém conhecerá ninguém por palavras; a bondade não se mede em vezes, amizade não se mede em meses. Eu pensava.

Você não me conhece, você não me conhece! Saco!

Tempo que é bom, tempo que é pouco, passa bem. Rápidos olhares.

Continuando a conversa de minutos ou de dias, pausada pelos fins de semana. De segunda à sexta, tenho minhas depressões e euforias.

Ao pé da mesa, um cala e escuta, o outro fala, cutuca. Riem, pensam, pesam, pasmam. Bebe um copo d'água, esconde o copo.

Ela faz bolinhas, faz casos, faz horas, faz acontecer.

Me empolgo com esses negócios de cabelos e olhos e dentes.

Haha, só de pensar, cabelo bom é outra coisa...

Encaro de frente, faço pirraça, um tanto pra não rir sozinho.

Ela me olha de volta, não sei o que significa. Na dúvida, às vezes digo que ela é bonitinha, uma gracinha. Sem graxa.

Quem sabe chocolate, conhaque, cavanhaque, tatuagem; bobagem. Quem sabe as palavras certas. Quem sabe óculos, ósculos, amplexos...

Levo os olhos ao pulso centenas de vezes ao dia, que covardia. Nunca estou certo, nem errar é novidade, nem nada. Não chego nem saio no horário.

Canto, toco, desenho, luto karatê, e daí? Ela não liga.

Já cansei de tanta embriaguêz e desse português errado, crédito desperdiçado, débito com minha consciência.

Sinto uma falta, clara, de amor. Ignorância deles. Rudeza minha. Vai saber... Mim não faz nada!

Amor não existe, a gente ri. Almoço!

Tem professor que é cego! Albinos me mordam. É um pede-pede

doido. Um bate-bate de porta. É, bom dia, boa tarde, e pronto.

"Todos comigo: Para engalanar a natureza..." Me emociono.

Mas na minha cabeça o Jay Vaquer enchendo o saco. Enchendo a cara de scott..

Arrgghh!

Como eu dizia: Temos que incentivar as crianças a pensarem no futuro do planeta...

Quando ela me olha cheia de orgulho, me perdoa as rabugices, mas me ataca sem motivo aparente, confundo-me todo. Amanhã vamos rir de tudo isso. De repente; eu crente.

Passa, tempo.

Vinte e quatro, horas; anos.

Nós.

Moço!

Prontos ou não.

Tempo, passa.

Vou mudando a canção.

Pero ahora tengo veinte años...

rs.

Drachir
Enviado por Drachir em 11/09/2011
Reeditado em 21/11/2011
Código do texto: T3212807
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