VIAGEM FILOSÓFICA

História da Filosofia

Filosofia, um campo em que todos deveríamos mergulhar para que pudéssemos nos conhecer melhor e refletirmos acerca do mundo que nos circunda e nos envolve, sem muitas vezes percebermos.

Fizemos uma grande e prazerosa viagem no tempo e descobrimos que a filosofia não nasceu em Atenas, como muitos de nós pensávamos, mas sim em sua periferia.

Contrário a nós, descobrimos que os antigos gregos acreditavam no sorteio e não na votação como forma de escolha mais democrática.

A filosofia é tão intensa e sem certezas que ao mesmo tempo Tales de Mileto acreditava que o princípio de tudo era a “água”, Anaxímenes acreditava ser o “ar” e Pitágoras os “números”. E assim cada um dele conseguia, com suas teses, provar aquilo no qual acreditavam.

Hoje vemos a filosofia como a democratização do saber, do conhecimento interior e exterior, da sapiência. Porém, nem sempre foi assim, grande exemplo foi Heráclito, ao deixar claro esta posição elitista, quando dizia: “ Um só é 10 mil para mim, se é o melhor”. Para ele um aristocrata era melhor que 10 mil cidadãos comuns.

Chegando aos sofistas, que eram tão condenáveis aos olhos dos filósofos, como falar deles?

Tiveram em Sócrates seu maior antagonista, uma vez que ele os acusava de cobrar por seus ensinamentos, coisa que Sócrates jamais fez, haja vista que ensinava a todos de graça na ágora. Esta cobrança aos olhos de Sócrates era enormemente censurável, pois segundo Sócrates eles nada sabiam, no entanto pensavam saber tudo.

Mas os sofistas eram pessoas altamente preparadas, possuíam o domínio da eloquência e da retórica, contudo, os sofistas não se preocupavam se a causa era justa ou não, eles apenas iriam preparar a quem os pagasse a obter a arte do convencimento independente de ser verdadeiro ou falso o assunto tratado.

Enquanto Sócrates queria se afastar da doxa para chegar à aletheia, os sofistas queriam chegar à doxa convencedora sem se preocupar com a aletheia.

Nesta busca de conhecimento caminhamos juntos fazendo uma viagem à antiguidade, passamos pela lógica, a metafísica, o neoplatonismo e tantos outros.

Chegarmos a Santo Agostinho que por meio de muitos estudos “cristianizou” Platão e seu mundo da ideias. Já São Tomás de Aquino se contrapôs e “cristianizou” Aristóteles, cujo pensamento era contrário ao mundo das ideias de Platão e dizia: “sou amigo de Platão, mas sou mais amigo da verdade”.

Em mais um dia de estudos tivemos a ilustre presença do professor Castilho, que além de filósofo é padre, no dia 20/10/2010, que nos brindou com informações sobre David Hume. Hume foi considerado um grande cético do século XVIII.

Ficamos sabendo entre outras informações que Hume ingressou na faculdade, em Edimburgo, aos 11 anos de idade, tornou-se professor, mas não foi bem sucedido na carreira, enquanto escritor não teve suas obras reconhecidas, ao contrário do que pensava, talvez devido aos conteúdos versarem contra a religião. Foi um grande conhecedor do latim e do grego, estes idiomas eram considerados aristocráticos.

Residiu por 2 anos com Rousseau, mergulhados em estudos, mas em razão dos desentendimentos findaram por se afastar.

Já Descartes, passou a escrever em francês que era a língua acessível a muitas pessoas e não só à aristocracia.

Descartes possuía alguns métodos que julgava principais:

• Assegurar a reforma de intelecto para que este siga o caminho segundo a verdade;

• Oferecer procedimentos pelos quais a razão possa controlar-se durante o processo de conhecimento;

• Permitir a ampliação e o aumento dos conhecimentos graças a procedimentos seguros;

• Oferecer os meios para que os novos conhecimentos permitam aos homens ser senhor da natureza.

Vimos também Emannuel Kant. O filósofo acreditava que a filosofia deveria renunciar o entendimento de deus, de alma, de metafísico.

Kant afirmava que era impossível conhecer a coisa em si como ela é verdadeiramente, pois não tenho todas as impressões possíveis.

Passamos por tantos outros filósofos e pensadores como: Hegel, Marx, Haidgger, Sartre e outros mais.

Passamos pela filosofia do iluminismo, ela pregava que todos deveriam se beneficiar com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, no entanto não se configurou desta forma. Entretanto foi um movimento que mostrou aos poderosos o imensurável poder do povo em se insurgir e mudar o rumo dos comandos de um país.

E este movimento mudou a maneira de se governar e tornou-se um dos pilares da nossa sociedade.

Neste curso de extensão universitária o qual foi ministrado o período de 16/10/10 a 18/12/10, o mais importante foi poder conhecer o mundo em que vivemos por meio de uma ótica filosófica que vem mudando nossa sociedade há mais de XXV séculos.

Estar na faculdade durante inúmeros sábados, não nos fez perder tempo, como dizem muitos quando se referem à filosofia, mas sim ganhar em reflexão e conhecimento, que nos passou tão competentemente nosso mestre professor José Sobreira.

Referência bibliográfica:

Este relatório foi redigido com base no curso de extensão universitária em História da Filosofia I, ministrado durante o período de 16/10/10 a18/12/10, aos sábados, no período das 08:00 h às 12:00 h, pelo Professor Mestre José Sobreira Barros Júnior, da Fecle - Don Domênico.

Ilton J S
Enviado por Ilton J S em 08/05/2011
Reeditado em 10/05/2011
Código do texto: T2957181
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