REVISTA REFLEXO – O NASCIMENTO DE UMA PUBLICAÇÃO
Parabéns pela primeira edição da Revista Reflexo. Observei que ela foi concebida com grande esforço por parte da área comercial, haja vista a dificuldade que é comercializar-se espaços em publicações em São Leopoldo. Recebi um exemplar da primeira edição dessa revista em 11 de abril de 2011, hoje, portanto, e me vejo impulsionado a louvar a qualidade de impressão, bem como a excelente qualidade do material utilizado para a impressão, sendo que tão elevada qualidade não se faz necessária.
Quanto ao conteúdo, porém, não li os artigos, mas observei ao folhar que nesta primeira edição a publicação não alcançou os objetivos propostos na capa, seja no slogan que diz "A cidade se vê por aqui." seja no nome, para cujo propósito a edição não deu um passo sequer, sendo que Reflexo evoca "o que se vê através de um espelho" e a edição não mostrou ao qualquer leopoldense nada da personalidade leopoldense. Sendo que sou também leopoldense, não me foi possível ver na edição através dos títulos de suas poucas matérias a imagem dos leopoldenses ou de algum aspecto leopoldense. Portanto, nesta primeira edição a revista não foi nem de longe um reflexo de qualquer aspecto que seja ou alguma característica leopoldense e nem mesmo os leopoldentenses puderam se ver nela.
Ao contrário disso, o conteúdo publicado transmitiu mesmo foi um aspecto de pressa, correria para fazer a edição, preocupação exclusiva com o comercial e desinteresse completo para com o conteúdo, pois até mesmo os dois ou três artigos publicados são curtos, parecendo mais com notas de rodapé do que até mesmo com dicas, além que pinçados integralmente da internet, sem sequer uma edição da parte dos editores da revista. Pareceu que a edição é apenas um pretexto comercial, uma carcaça monetária.
E, se afastando ainda mais da proposta de ser um reflexo dos leopoldenses, a edição está repleta de dicas, coisas que se publicam em seções de variedades. A exemplo das matérias, as dicas desta edição não têm o toque sequer da redação da revista, pois me parecem também pinçadas da internet na íntegra.
Apesar de tudo, elogio ainda a iniciativa, mas sugiro que as próximas edições tenham conteúdo, pois São Leopoldo tem muitas matérias ótimas a serem feitas, haja vista sua indústria, suas escolas, sua universidade, sua cultura, sua natureza, seu rio, sua sociedade, sua rua Independência, etc., pois, do contrário, nem mesmo os anunciantes vão querer lê-la e, quanto menos, investir seus recursos num veículo que ninguém lê. E assim essa nova publicação logo desaparecerá como muitas que por aqui passaram.
Wilson do Amaral
Autor de Os Meninos da Guerra, 2003 e 2004, e Os Sonhos não Conhecem Obstáculos, 2004.