O demônio da teoria: Literatura e senso comum
RESUMO
COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: Literatura e senso comum. Belo Horizonte: Ed. UFMG 1999, p. 11-46.
Antoine Compagnon inicia sua argumentação, apontando as dificuldades de se definir o que é Literatura, lembrando que desde a antiguidade clássica até a atualidade os teóricos não foram capazes de atribuir uma significação precisa ao termo, embora muitas tenham sido as formas de tentar defini-lo. Diante disso, podem-se enumerar algumas das quais o autor cita: 1) Literatura seria o conjunto de escrituras que tivessem finalidade educacional; 2) Em um sentido amplo, literatura é vista como extensão, e, dessa forma, toda a massa de livros escrita seria considerada literatura, porém, em um sentido restrito, literatura seriam apenas os livros de escritores consagrados pelos leitores; 3) Literatura seria todo o texto que contivesse literariedade, por conseguinte, se for considerada assim, todos os escritos restantes estariam excluídos. Chama-se a atenção para essa última classificação de literatura, em que o autor conclui não ser possível fazê-la, porque da mesma forma que existem textos consagrados pelos leitores que contém literariedade existem outros que não contém e são considerados literatura da mesma forma.
Observando e fazendo uma análise dessas três definições, volta-se a incógnita inicial: o que é Literatura? O autor assim responde conclusivamente: Literatura é literatura.
MENEZES, L. F.