"A FARSA" II PARTE DO Longa-metragem de: Flávio Cavalcante

"A FARSA"

PARTE II

longa-metragem de:

Flávio Cavalcante

CENA.16

Interna. Dia. Sala da residência de Ruy. Alfredo Revela pra Bia que a Bruninha é filha do Ruy.

BIA

(Sem entender). O que está acontecendo aqui? Eu pensei que este canalha já estivesse longe daqui... Mas pelo visto, você acabou entrando na farsa dele, não é, Alfredo? (Transição). Meu amor... Não está vendo que o Ruy só voltou pra destruir o que a gente construiu até agora?

RUY

Isso não é verdade, Bia...

MAMA BELA

Má como nó é verdade, seu canalha...

ALFREDO

Tenha calma, mama Bela... (Transição). Oh... Bia... Escute que temos muito o que conversar... Você precisa saber de umas coisas...

BIA

Você vai ver que eu não sou esse canalha que você pensa...

D. ALICE

Temos muita coisa pra revelar...

MAMA BELA

Eu sabia que essa aí, tava metida nisso...

ALFREDO

É sobre a gente, Bia... Você tem que entender... Eu tive que fazer isso... Me desculpa, mas eu não vi outra forma á não ser...

BIA

(Tensa). Mas meu Deus... O que está acontecendo aqui? Vocês poderiam me explicar, que eu não estou entendendo nada?

ALFREDO

A Bruninha... Não minha filha... É filha do Ruy?

BIA

(Escandalizada). O que? Que loucura é essa? Vocês tão brincando com a minha cara?

RUY

Eu também soube agora... Eu fui embora porque eu estava doente... Eu tive Leucemia... Por causa dessa maldita doença, eu estava sendo ameaçado de morte... Sendo acusado de ta armando uma farsa pra dar um golpe na Victor Gim... Tive que sair ás pressas pra não deixar você e o victor correndo risco de vida...

BIA

Mas nem dá um Alô, teve coragem de dar... E que história maluca é essa da Bruninha...

ALFREDO

Lembra quando lhe falei que eu era vasectomizado e não podia ter filhos? E lhe propus uma inseminação...

BIA

Espere aí, Alfredo... Não me dizer que...

ALFREDO

Entenda, bia... Eu precisava salvar a vida do Ruy... O Victor não era compatível com ele... Logo que você se aceitou fazer a inseminação...

BIA

(Revoltada). Mas por que você não me falou isso? Quer dizer que a Bruninha é filha do Ruy?

MAMA BELA

Dio, que loucura... Te fez de palhaça essa gentinha aí...

D. ALICE

Gentinha, não... (Transição). Bia, minha filha preste atenção... Eu sabia dessa farsa... Tivemos medo de lhe contar e você não aceitar devido a sua revolta da fuga do Ruy...

BIA

Minha cabeça ta confusa... (Transição em prantos). Vocês não tinha o direito de fazer uma coisa dessa comigo... Me traíram, me usaram... Como um objeto...(Transição com expressão de ódio). Eu tenho nojo de você, Alfredo...

ALFREDO

Você tem todo o direito de ficar com ódio de mim... Mas foi pensando nesse crápula assim como você chama... Foi pensando no amor que vocês sentem um pelo outro, que tive que armar toda essa farsa...

BIA

Eu não vou perdoá-los nunca... Você me fizeram de palhaça... Acabaram com a minha vida e os meus sonhos... Me deixem em paz... Me deixem em paz... (Sai chorando).

RUY

O jeito é eu voltar pra Madri...

OFF

Era uma reação esperada. A Bruninha já estava com oito anos e a Bia e nem eu mesmo nunca imaginamos que a Bruninha seria a nossa filha. Sai desorientado e fui até a praia tentar refrescar a minha cabeça, brincando com meu cachorro Mike. (Takes mostram o Ruy brincando com o cachorro. Beth uma amiga antiga do casal se emociona com a cura do Ruy).

CENA.17

Externa. Dia. Praia. A cena é aberta com flashs-back. De belas paisagens do Rio de Janeiro, acompanhadas de uma música apropriada para a cena. Câmera estaciona numa geral onde o Ruy brinca com o seu cachorro. Ruy joga bolinhas pra o cachorro pegar. Câmera mostra vários flashs backs de várias brincadeiras com o cão. Câmera passeia pelo calçadão e mostra uma jovem bonita passeando com o seu cãozinho. Câmera em Beth que apanha num saquinho preto o dejeto do animal. Beth põe numa lixeira e vê o Ruy brincando feliz com seu cão. Câmera em Beth com expressão de felicidade e de que não está acreditando no que está vendo.

BETH

(Exageradamente feliz se aproxima do Ruy). Ruy... Eu não acredito no que estou vendo... Meu Deus que felicidade te reencontrar, meu amigo... Que superação maravilhosa...

RUY

(Sorridente). Como vai você,Beth?

BETH

Agora, amigo... (Querendo se emocionar). Numa felicidade que não cabe em mim... (Transição). Nossa! Como é bom te vir assim bem... Deus existe, Ruy... Deus existe...

RUY

(Sorrindo). Claro... Creio nele sim... Agora então, mais do que nunca... (Câmera em Beth chora. Momento reflexivo. Câmera mostra Ruy limpando a lágrima que desce do rosto de Beth, que não segura a emoção e se esvai em lágrimas, abraçando carinhosamente o amigo). Fica assim não... Estou bem...

BETH

Juro que eu tinha certeza que você não escaparia dessa... (Ruy sorrir. Beth abraça o Ruy mais uma vez chorando).

RUY

Por que o choro, Beth? Logo mais agora que temos motivo de sobra sorrir... Eu estou muito feliz... (Ri). Estou curado... Não vai ser dessa vez que eu vou dar adeus a este mundo...

BETH

A Bia me falou da sua cura... (Limpa os olhos). Liga não, eu sou boba mesmo...

RUY

(Carinhosamente). Oh, amiga... Você não tem noção como estas suas lágrimas representam para mim...obrigado pela sua amizade... Eu e a Bia somos felizardos por termos uma amiga assim como você... Preocupada... Raro hoje em dia...

BETH

Eu, que me sinto feliz... Vocês fazem parte da minha vida como se fossem minha família... (Transição). Agora vou deixá-lo, amigo... Você precisa curtir muito este paraíso... E esquecer todo seu sofrimento... Nova vida... Tchau...

RUY

Tchau... (Beth sai. Rui fica parado olhando a Beth ir embora. Câmera numa geral mostra a Beth, olhando para trás e percebe que o Ruy a observa. Câmera em Beth que abre aquele sorriso e manda um beijinho pra ele. Ruy retribui e mergulha na água. Takes de vários lugares e vista do alto da cidade do Rio de Janeiro. Corta).

OFF

Depois de várias tentativas na intenção de recupera o amor que havia perdido, eu parti pra apelação. A nuvem negra parecia não sair da minha cabeça. Eu precisava ver uma luz no fim do túnel. O sol precisava voltar a brilhar novamente na minha vida. Deus sabe de tudo e sabe que eu estava cheio de boas intenções e não ia desistir nunca de lutar por aquele amor, tanto da Bia como das crianças. (Takes da escola da Victor e da Bruninha. Câmera numa geral mostra o pátio do colégio onde o Victor e a Bruninha estudam. Ruy chama o Matheus, melhor amiguinho do Victor e pede pra ele chamar o Victor e a Bruninha.

RUY

(Com o Matheus). Ei... Você não é o amiguinho do Victor?

MATHEUS

Sim... Por que? E você quem é?

RUY

Eu? Sou... Um amigo dele... Dá pra você chamar ele e a Bruninha pra mim... Eu preciso falar com os dois...

MATHEUS

O Victor é o meu melhor amigo...

RUY

É! Eu sei... Ele gosta muito de você...

MATHEUS

Somo inseparáveis e imbatíveis... Já vou chamá-lo... (Câmera mostra o pátio da escola com muitas crianças brincando, dando idéia que já se passou um tempo. Câmera em Victor que se aproxima do Ruy).

VICTOR

(Com expressão de insatisfeito). Você me chamou? O que você quer comigo?

RUY

Vim lhe ver, meu filho...

VICTOR

Eu não sou seu filho... Se eu tivesse um pai igual a você eu cuspia na sua cara... Vá embora...

RUY

Meu filho... Me perdoa...

VICTOR

(Nervoso). Vá embora... Eu não sou seu filho...

RUY

(Chora). Eu te amo...

VICTOR

Se você me ama, por que me abandonou?

RUY

Eu estava muito doente, meu filho... Papai quase morreu...

VICTOR

Eu fui muito humilhado pelos amigos aqui da escola... Agora quer dar uma de coitadinho... Vá embora, desaparece da vida da gente...

RUY

(Chora). Me perdoa...

MATHEUS

Não ta vendo meu amigo mandar você ir embora? Dá o fora... (Bruninha se aproxima).

RUY

(Emocionado). Bruninha... Você é muito linda, minha filha...

BRUNINHA

O que você quer? Por que não deixa a gente em paz?

RUY

Eu voltei porque amo vocês... Sabia que você quem salvou a vida de papai?

BRUNINHA

Eu não salvei vida de ninguém...

RUY

Quando você crescer mais um pouco eu vou explicar como foi que você salvou a vida do seu pai... Eu nunca mais vou deixar vocês sozinhos... Só preciso que me ajudem a conquistar o amor da Bia novamente... Por favor, me ajudem... (Cai chorando descontroladamente. Câmera nos meninos que sentem pena do Ruy. Todos se aproximam).

OFF

Foi ali que meu mundo desabou. Eu estava feito um cão sem dono. Sem a mulher da minha vida, sem o amor dos meus filhos. Só desejava naquele momento que a morte me levasse pra onde ela quisesse me lavar. Eu não via mais sentido na vida. Aquelas minhas lágrimas sensibilizaram os meninos e foi aí que eu pude contar o que aconteceu. Eles pararam pra me ouvir.

BRUNINHA

Ele ta chorando...

MATHEUS

Um homem velho chorando... Coisa feia...

VICTOR

(Querendo se emocionar). Não chame meu pai de velho... (Ruy se surpreende com a reação do Victor).

RUY

(Levanta a cabeça feliz com a reação do Victor). O que? Você me chamou de pai? (Sorri). Me chama de pai de novo...

VICTOR

Eu te amo, pai... Nunca mais ninguém vai dizer que eu não tenho pai...

RUY

E você vai ficar aí, minha filha? Me dá um abraço também... (Câmera me Bruninha que faz menção que vai e pára e acaba se rendendo ao amor do Ruy, também o abraçando. Música de fundo aumenta. Corta).

OFF

Finalmente reconquistei o amor das crianças. A minha alma estava cantando de tantando felicidade. Só faltava conquistar o amor da Bia; está seria a tarefa mais difícil; também não queria atrapalhar a sua vida e resolvi dar um basta no sofrimento. Arrumei minhas malas e fui ao restaurante me despedir.

CENA.18

Externa. Dia. Restaurante Gagliasso. Bia se reconcilia com o Ruy.

RUY

Pronto! Vim aqui só me despedir! A volta já está marcada para amanhã às seis da matina... Já reservei o hotel... Vou passar a noite por lá... O que dói no ser humano é a dor da consciência... Eu precisava deixar tudo muito bem claro... A leucemia venceu... Preferia que a morte tivesse me levado... Só assim não teria que carregar essa tristeza pro resto da minha vida... Só me escuta pela última vez... Por mais que Madri esteja cheia de antros de perdição, jamais freqüentá-los, pois vou viver trancafiado dentro do meu mundo e vou esperar até o dia que a morte resolva me buscar novamente(Transição). Bom... Agora eu partirei... Pra sempre... O que me resta é dizer... Adeus...(Chora e faz menção que vai beijar a Bia e a mesma vira o rosto. Câmera em Ruy, que faz menção que vai sair. Bia impede).

BIA

Espera... (Música romântica de fundo).

RUY

É melhor assim... Eu partindo não vou mais causar danos aos seus sentimentos... Me perdoa... Eu só quero isto... O seu perdão... (Bia limpa a lágrima que desce do rosto do Ruy).

BIA

Não vai... Fica aqui com a gente...

RUY

Sério? (Limpa os olhos lacrimejados e abre a aquele sorriso). Quer dizer que eu tenho motivos pra sorrir novamente?

BIA

Você sabe que sempre será o homem da minha vida... Eu sempre te amei... (Os dois se olham apaixonadamente. Música romântica de fundo. Cena isolada e caliente). Eu te amo, Ruy... Você sempre foi o homem da minha vida...

RUY

Eternamente serei... Me perdoa...(Os dois se abraçam). Hoje é o dia mais feliz da minha vida... Eu te amo... (Os dois se beijam ao som da música romântica). A farsa acaba por aqui...

BIA

Eu te amo...

RUY

(Feliz). O que? Eu não ouvi... Repete...

BIA

Eu te amo... Você sabe disso...

RUY

Faz muito tempo que eu não escuto esta frase... (Transição). Eu também te amo muito meu amor... (Sorri chorando). Eu sou o homem mais feliz do mundo...

BIA

E o que aconteceu entre eu e o Alfredo...

RUY

Tinha que ser dessa forma...(Transição com a Bia). E você, meu amor... É a mulher mais linda do mundo!

BIA

Depois de tudo é muito estranho!(Ruy puxa a Bia para um local reservado). Transei com Alfredo... (Ruy coloca a mão na boca de Bia).

RUY

Não se preocupe! Eu sempre soube de tudo! A nossa vida vai começar a partir de hoje... Eu te amo, Bia...

BIA

Eu também... (Musica Romântica sobe. Cena escurece. Take de Ruy na cama fazendo amor com a bia até o ápice do prazer. Take mostra o Alfredo se divertindo com a Bruninha e o Victor no park. Corte gradativo. Continua a música com mais fervor. Take no quarto de Bia, que faz amor com Ruy. Câmera dá close em algum objeto do quarto. Corta).

OFF

Hoje sabemos que o Alfredo foi a salvação da minha vida, tanto na parte da enfermidade como na salvação do meu relacionamento. Ele foi realmente o salvador da pátria. Se não fosse ele eu não teria conquistado novamente o amor da mulher que eu mais amo neste mundo. Foi uma farsa que valeu a pena. (Câmera mostra a academia Victor Gim em total funcionamento e estaciona na patinação no gelo. Ruy patina alegrmente com o Victor).

VICTOR

Eu tou um fera, pai...

RUY

Eu tou vendo...

BRUNINHA

Pai, vamos dar uma volta... (Ruy tenta fazer o que a Bruninha falou e acaba caindo. Todos riem e caem em cima do Ruy como em uma brincadeira. Música sobe demonstrando estarem todos felizes. Corta).

CENA.19

Externa. Dia. Frente ao restaurante Gagliasso. Ruy é entrevistado por uma repórter de um importe jornal.

REPÓRTER

E você, Ruy... É filho único?

RUY

Biológico, sim. Mas eu tive um irmão de criação. O Beto. Ele se criou se achando um artista. Cresceu, se formou como professor de Educação física, mas nunca perdeu a sua aptidão pela arte. Ele gostava de se travestir. (Takes mostram o Beto vestido de mulher se olhando diante do espelho. D. Alice vê aqui espantada). Minha mãe quase teve um troço quando vu aquela cena.

D. ALICE

(Escandalizada). O que é isso?

BETO

Isso sou eu, mamãe... Eu gosto disso... Acho lindo um homem vestido de mulher...

D. ALICE

Aqui na minha casa, não... Quando sua mãe me você para criar, eu prometi pra ela que eu criaria um homem com “H” maiúsculo, não, uma mulher falsificada...

BETO

É uma arte. Eu não sou gay. Apenas gosto de cantar em boates).

D. ALICE

Longe da minha casa...

OFF

Minha mãe não se conteve de tanta revolta e o expulsou de casa quando o viu trajado de mulher e se olhando no espelho. Meu irmão não é Gay. Hoje em dia é natural boates que existem esse tipo de show. (Takes mostram o Beto numa boate glamourosa travestido. Muitos flashs em cima dele e o público presente o aplaudindo muito. Câmera passa imediatamente para a mãe do Ruy folheando uma revista Gay. Câmera me dona Alice com os olhos bem arregalados).

RUY

Mamãe a senhora ta com algum problema?

D. ALICE

Veja com seus próprios olhos... Isso é forma de um homem se vestir... Ainda bem que ele não tem o meu sangue... não fui eu quem pariu essa coisa...

RUY

(Revoltado). Coisa? Como a senhora tem coragem de falar uma coisa dessa, mamãe?

D. ALICE

Você acha certo ele ficar vestido de mulher numa revista gay? Que vergonha...

RUY

E o que é que tem uma coisa a vir com a outra? Mamãe... O Beto não tem o seu sangue e é um homem saudável... Eu tenho o seu sangue e tenho Leucemia... Ora, mãe dá um tempo, ta? Eu tou aqui morrendo e a senhora ta preocupada com a forma que o Beto está travestindo? Pelo amor de Deus... Nem vendo o seu filho morrendo a senhora tem a capacidade de cair na real? (D. Alice chora). Foi a partir daí que ela cai na real e viu que eu tinha toda razão em repreendê-la. Hoje ele o Beto é um artista de renome internacional.

REPÓRTER

E depois da cura da Leucemia o que aconteceu com a sua vida?

RUY

Voltei as minhas atividades normais. Eu e o Alfredo, também gostamos muito dos esportes que oferecemos na academia Victor Gim. Lutar Box sempre foi o meu ponto fraco. Em uma das lutas percebi algo de estranho no Alfredo. Aquilo me chamou a atenção, pois eu já havia visto aquele cenário anteriormente. Ele estava se cansando demasiadamente e me dizia que era por causa dos exercícios pesados que temos na academia. Fiquei preocupado e depois de muita insistência acabamos indo ao médico.

ALFREDO

O que é que há, Ruy? É apenas um cansaço natural depois um esforço físico... Nada mais do isso... Estou me sentindo muito bem... (Takes de Alfredo se submetendo a exames).

OFF DO RUY

Quando pensamos que tudo havia terminado, estava apenas começando. Os exames constaram realmente que os sintomas do Alfredo não se tratava de uma farsa; mas, de uma realidade. Ele fazia parte de mais um no grupo dos leucêmicos deste país.

OFF DA BIA

Alfredo foi submetido a exames e constatado o que eu mais temia. Ele também fazia parte do quadro de leucêmicos. Fiquei pirada com o resultado. Quando a farsa parecia acabar com um final feliz de contos de fadas, estava apenas começando toda luta de novo. E isto é coisa que acontece em milhares de residências neste momento. Eu e Ruy resolvemos arregaçar as mangas e começar uma campanha maciça pelo país inteiro em busca de uma medula compatível para o Alfredo. Fizemos nossa primeira campanha de doação de medula na Forneria Gagliasso. (Takes mostram a festa com fotógrafos e repórteres. (Todos com a camisa da campanha),entrevistando a Bia, o Ruy e o Alfredo, já bem debilitado da doença). Mandamos o Alfredo para Madri também estendendo a campanha pela Europa... (Câmera em todos brindando).

RUY

(Levantando a taça de champanhe). Ao sucesso dessa campanha que está só começando. Façam uma doação de medula óssea. Para você não vai representar nada, mas salvará milhares de pessoas que estão esperando esse seu gesto de solidariedade... Tin, tin... (Ruy Beija a Bia. Todos aplaudem. As Crianças se abraçam e D. Alice e Mama Bela, também se abraçam felizes. Todos aplaudem. Música aumenta gradativamente. A tela escurece. Câmera mostra o Alfredo dentro do Avião sorrindo e dando adeus ao Rio de Janeiro. Câmera mostra numa geral o avião decolando. Corta).

- FIM -

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 31/10/2010
Código do texto: T2588520
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