Pedra de Santo Antônio

Fagundes é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na microrregião de Campina Grande, mais ou menos 26 km. Cidade localizada na Serra do Bodopitá, no agreste paraibano, foi inicialmente povoada pelos índios Cariris. No século XIX, foi palco de dois movimentos populares da Paraíba e do nordeste, foi onde ocorreu o inicio da "Revolta do Quebra-Quilos" e o "Ronco da Abelha". De acordo com o IBGE é estimada em 11.830 habitantes. Área territorial de 162 km². Seu principal ponto turístico é a Pedra de Santo Antônio, a pedra recebe milhares de turistas e romeiros durante o ano todo, principalmente no mês de junho, o Nome dado devido a uma lenda local. Esta conta que dois escravos acharam em um matacão granítico nas proximidades do município uma estátua de São Antônio, o achado foi comunicado a pároco da então Vila de Fagundes que pediu para levar a imagem para a igreja. Um tempo depois a imagem sumiu da paróquia e novamente foi encontrada no matacão, e isso se repetiu por mais duas vezes, o que se caracterizou um milagre. A partir dai a matacão ganhou o nome de Pedra de Santo Antônio e passou a ser local de peregrinação, após uma caminhada de 1 Km até a pedra, fazem a já tradicional passagem por uma fenda de aproximadamente 40 cm a fim de obter de cura de doenças, casamentos e outras graças do santo. A festa do Santo é uma excelente pedida para quem vêem a Paraíba no período de Junho, reúne a manifestação religioso-cultural típica do Nordeste e um visual do Planalto da Borborema. Por fim na volta, pode-se curtir um forró pé-de-serra na localidade de Galante. Em outras épocas do ano o lugar é frequentado por grupos de jovens que sobem a serra para beber e tocar violão sob a luz da Lua, um verdadeiro lual. Fernando de Bulhões (verdadeiro nome do Santo), nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195, numa família de posses. Aos 15 anos entrou para um convento agostiniano. Indicado professor de teologia pelo próprio são Francisco de Assis, lecionou nas universidades de Bolonha, Toulouse, Montpellier, Puy-en-Velay e Pádua. Em todos lugares suas prédicas encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos, o que contribuía para sua fama de santidade. A saúde sempre precária levou-o a recolher-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingos e dias santificados, Após uma crise de hidropisia Antônio morreu a caminho de Pádua em 13 de junho de 1231. Sua veneração é muito difundida nos países latinos, principalmente em Portugal e no Brasil. Padroeiro dos pobres, e casamenteiro é invocado também para o encontro de objetos perdidos. Não pude ficar de fora desta história, deste belo passeio e fui de encontro ao tal matacão, não é nada parecido com os Matacões em Karlu Karlu, na Austrália. A gente não quer saber muito da beleza da rocha e sim do poder que ela tem, do que a lenda significa, eu tive de conferir a magnífica fenda, ainda bem que consegui e foi fantástica minha travessia, acho que desta vez eu caso. Se não for esta minha sina, pelo menos me garantir a não ter doença no coração ou no mínimo gostaria de poder achar meus trecos, já que o Santo é invocado também para o encontro de objetos perdidos. “... Temes que eu não faça outro tanto por ti? Não penses nisso porque prezo muitas as prerrogativas concedidas por Deus de ser – o santo dos milagres. Muitos outros, como tu, têm precisado de mim e temem pedir-me, pensando que me importunam, hei de obter as graças; não temas...”. A minha fobia não atrapalhou, valeu conferir, rastejar-me debaixo daquela grande rocha e contemplar aquela paisagem mirabolante, foi incrível. Fazendo a caminhada de descida Cmte Pimentel disse que podemos começar a nos preparar para o casório daqui um pouco mais, bom... Santo Antônio tarda, mais não falha!

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Sulla Mino
Enviado por Sulla Mino em 13/09/2010
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