MARIQUINHA - 22a. PARTE
22ª. - PARTE
PRIMEIRO, UM CAFEZINHO
O sol já iluminava os montes . Seu João brinca: _ Ô cafezinho demorado, seu! Não adianta a gente levantar cedo, porque o café não se levanta.
Foi uma gargalhada só. Até Mariquinha entrou na gargalhada. Seu João emendou: _É! Quando a moça ri é sinal que teremos mais uma caneca na mesa.
Algum tempo depois... Batem palmas no terreiro, Mariquinha sai correndo: _É o Antoninho, É o Antoninho.
Era eu mesmo. Havia dormido tão pouco e, levantando fora correndo aos braços de minha amada de olhos negros. Bati palmas uma só vez, a porta se abriu. Ela apareceu linda, saudável, cabelos negros bem penteados, sorrindo. Senti-me recompensado só em vê-la; saltou em meus braços ; beijamo-nos ardorosamente.
Ó!Céus! Como estou feliz! Eu disse. Ela perguntou-me: _ Você quer café, acabamos de tomar? Depois vamos saber por que o moço não veio ontem nem com meu recado, depois...
Sim eu aceito o café, estou morrendo de fome e sono – cortei o que ela ia dizer.
Entramos, todos estavam à minha espera. Cumprimentei-os apertando-lhes as mãos, um por um e sentei-me ao lado de Mariquinha. Comecei a tomar o café.
Curiosos me perguntavam: _ Como é Tonho já se explicou com a Mariquinha?
Não – dizia eu, não foi grande coisa, apenas um pequenino favor que eu fui prestar a um amigo em apuros, coisa que qualquer um de vocês fariam brincando. Mariquinha respondia: _ Vocês são curiosos e bobos. Não vêem que o motivo foi bem maior do que todos nós imaginamos? Só o trabalho de ele vir de manhã para avisar, já é o suficiente para mim.