ALMA PEQUENA

Conheci uma figura

Que de poder se revestia

De pequena estatura

Mais lembrava o Charles Chaplin

Só que na simplicidade parecia se firmar

O que logo o encompridava

E era assim que eu calculava

Já dobrando sua altura

Assim então foi se passando

Quanto mais o descobria, mais e mais o admirava

Nada mais eu enxergava

E o encanto por seu jeito

Logo em mim se aflorou

Eis que o tempo foi passando

E logo vi o ledo engano

Tão pequena sua alma

Quanto pobre e vil o seu caráter

Esta brusca descoberta

Me assustou de tal maneira

Que de logo já corri

A esconder-me em uma trincheira

Meio homem, quase um nada

Uma mentira bem guardada

Que no início deu indícios

Mas os olhos já não viam, pois a alma se vendara

E a mente na mentira

Achou por bem se acomodar

Como é triste essa figura

Que se sente um semideus

Sem saber que o Grande Pai

Não tem algum substituto

Nem tampouco há um outro Pai!