Cinema no Brasil
Cinema no Brasil
O cinema brasileiro ostentou – se em 1896, sete meses após a histórica exibição dos filmes dos irmãos Lumière, em sua primeira sessão no Rio de Janeiro. Nos próximos dois anos, foi inaugurada uma sala permanente na Rua do Ouvidor por Paschoal Segreto e José Roberto Cunha, e posteriormente, Afonso Segreto roda o primeiro filme brasileiro com cenas tropicais, no mesmo estilo dos documentários franceses do início do século XIX.
Ao longo de dez anos, o cinema do Brasil praticamente foi inexistente pela falta de recursos elétricos, até que em 1907 foi inaugurada a usina de Ribeirão das Lages que possibilitou a abertura de mais salas de exibição, comercialização de filmes estrangeiros e diversificação dos gêneros cinematográficos brasileiros.
Na década de 40, a Atlântida consagrou – se como uma das indústrias cinematográficas mais fortes do país devido aos sucessos das chanchadas que atraíram novos investidores, porém o início da década de 50 determinou para a chanchada brasileira uma enorme reviravolta devido ao desleixo das produções, descuidado com os equipamentos e falta de recursos monetários. Todavia, as produções da Atlântida consolidaram – se sob o comando de Luís Severiano Ribeiro Jr.
A história do cinema brasileiro, na década de 60, dividiu – se entre dois pólos, o cinema novo e o cinema marginal. O primeiro com a proposta de realizar filmes com preocupações sociais e enraizadas na cultura nacional. A seguir, o cinema marginal rompe com a tendência, em busca de novos padrões estéticos de contracultura. E, durante a década de 60, o INC substitui o INCE e a Embrafilme é criada em 1969 com objetivo de financiamento, co-produção e distribuição dos filmes brasileiros.
Em processo de evolução, na década de 70, cineastas buscam um estilo de maior comunicação popular. Como reforço, surge a pornochanchada, que na década de 80, evoluiu para filmes de sexo explícito e vida efêmera, favorecida pela abertura política. Os anos 90 foram marcados pela extinção da Lei Sarney e da Embrafilme e o fim da reserva de mercado e consequentemente a produção cinematográfica decai. A privatização e a ameaça de extinção do cinema brasileiro conduziram – os à internacionalização, como em “A Grande Arte”, de Walter Salles Jr, co – produzida com os EUA.
Em 1993, ocasiona – se a retomada das produções resultando no “renascimento” do cinema nacional. Curiosidade: em quase 100 anos de existência, o cinema brasileiro produz cerca de dois mil filmes e conquista mais de 50 prêmios internacionais, mas encontra dificuldade em fixar – se como indústria.