DNA ao quadrado volume 3: luta interminável
O terceiro volume do mangá DNA 2 é marcado por uma longa briga entre Junta e Ryuji. Eles utilizam os poderes obtidos a partir das balas de DNA de Karin, a visitante do futuro, e o embate se estende por vários capítulos e com muita reviravolta. Infelizmente Masakazu Katsura exagera muito em cenas grotescas, com Ryuji inclusive adquirindo aparência de monstro - o que é explicado como uma "armadura psíquica", algo muito complicado mas que confere um grande poder de combate. Quanto a Junta, ele faz uso dos poderes do "Megaplayboy", ou seja, o que ele se tornará se o seu DNA estabilizar nessa fase.
Cientificamente é uma ficção científica absurda, pois o DNA não pode transformar uma pessoa magicamente. Mas é fato é que DNA 2 é uma história escrachada, inclusive com o erotismo que, no caso de mangás e animês, muitas vezes é só para fazer humor, sem chegar ao nível adulto de situações impróprias ou pecaminosas.
Assim este mangá vem proibido para menores de 14 anos.
Karin é a única personagem da história que tem majestade.
Resenha do volume 3 do mangá "DNA ao quadrado", de Masakazu Katsura. Editora JBC, São Paulo-SP, 2009. Editora Shueisha, Tóquio, Japão, 1993. Tradução: Karen Kazumi Hayashida. Título do volume: "Descontrole" (Arquivo 3), com os episódios (chamados "datas") 17 a 26.
Junta, com o DNA de Megaplayboy ativado, adquire grandes habilidades de combate. Ryuji, tendo recebido um projétil de DNA de Karin que errou o alvo, ganhou a habilidade de absorver poderes alheios. Daí ser muito difícil derrota-lo. A luta entre os dois consome quase todo o volume. A história só não é mais absurda por falta de espaço, mais alguns "otakus" (fãs de mangás e animês) gostam dessa bizarrice.
"Seu ponto fraco é o orgulho extremo."
(Junta Momonari para Ryuji Sugashita)
O que vai ficando mais claro é que Karin se apaixonou por Junta, ainda que de início ela o considerasse responsável pelo mundo caótico onde ela vive, causado pela explosão populacional que um único homem causou: o Megaplayboy, já falecido em sua época. Por causa do Megaplayboy ela não pode se casar e no máximo pode ter um animal de estimação (sic). E afinal, a Tomoko, depois de todo o confronto absurdo entre Ryuji e Junta, que ela é obrigada a assistir, amarrada a uma cadeira, penalizada por Ryuji e tocada por ele gostar tanto dela, acaba por aceita-lo. Correndo por fora, a Ami - também uma personagem interessante - resolve ajudar Junta e lhe dá carona em bicicleta - uma jornada surreal, pois Junta precisa socorrer Karin e se ele se teleportar, vai gastar energia.
DNA 2 tem também uma série de tv. A estranheza da história está no grotesco das brigas e no erotismo insinuado nas angulações de personagens femininas - coisa que o bom senso manda ignorar e apreciar a essência da história, ou seja, a situação de ficção científica: viagem pelo tempo e a questão do DNA.
Rio de Janeiro, 20 a 22 de outubro de 2024.