Resenha: Dark (3ª Temporada)

Um amigo me perguntou: “Dark é essa Coca-Cola toda?”. É o que tentarei responder nessa resenha. Vamos lá?

Olá Recantistas. A terceira temporada de Dark estreou na Netflix no dia 27 de junho de 2020 (uma data escolhida não por acaso, pois tem relação com o próprio enredo da série). Demorei um pouco para assisti-la, por que decidi antes maratonar as temporadas anteriores a fim de relembrar algumas coisas e me preparar para assistir a temporada final. E valeu muito a pena ter feito isso, pois pude me conectar com a história como um todo, rever coisas que poderiam ter passado batidas e esmiuçar mais alguns detalhes dessa intricada trama.

Se a primeira e a segunda temporada exploraram as viagens no tempo, o final de segunda temporada anunciou o que veríamos na terceira e última: universos paralelos. Aí, meus caros... os efeitos caóticos das viagens no tempo são elevados à um novo nível, tornando tudo um puta puteiro do caralho!!! Todo mundo viaja no tempo, entre dimensões e a grosso modo, se você não tomar cuidado, pode acabar se tornando o seu próprio pai, filho ou neto. E em algum universo paralelo, você pode acabar sendo até a sua própria mãe!!!

Mas vamos lá: Martha (sempre tem que ter uma Martha?) de um universo paralelo brota na linha do tempo do Jonas e nos leva à seguinte questão: a trama de Dark se passa em um ciclo em que as mesmas coisas sempre acontecem. Considerando isso, a chegada da Martha do universo alternativo faz parte desse ciclo normalmente, ou é uma anormalidade que só aconteceu aquela vez? Em outras palavras: a existência de uma realidade paralela sempre esteve em jogo e influenciando os movimentos de personagens como Adam e Claudia, ou isso foi um realmente um elemento novo?

“O diabo mora nos detalhes...” – e isso se aplica perfeitamente a Dark. Enquanto escrevo esse texto, estou conversando com o meu amigo no “Zap-Zap” e lhe disse o seguinte: “Dark, é série pra você ver com atenção aos detalhes e tudo muito correlacionado, se não for pra ver com atenção nem tente.” – e é a mais pura verdade!!! Creio que com o passar do tempo, muitos detalhes que passaram batidos serão explorados e milhares de teorias serão formuladas. Nessa mesma conversa o amigo (que ainda não assistiu Dark) me fez aquela pergunta láááá do início: “Dark é essa Coca-Cola toda?” – ao que eu respondi: “Cara... é um tema batido, explorado a exaustão... mas é bem-feito. Tem trilha sonora ótima e fundos musicais que elevam a tensão.”

E acho que é bem isso mesmo. Dark explora viagens no tempo, universos paralelos, apocalipse, fim dos tempos, sociedades secretas, seitas... mas é tudo muito bem-feito. Não é perfeito, mas entretém... nos instiga a querer assistir os próximos episódios e tentar compreender a trama. O trabalho de fotografia e maquiagem da série é primoroso. Outra coisa que chama muita atenção na série, é a escolha dos atores que representam as versões passadas e futuras dos personagens. Todos são realmente muito parecidos, o que denota o cuidado da produção da série.

Com a terceira temporada, descobrimos a verdadeira trama: uma guerra pelo controle da viagem no tempo entre duas forças opostas e poderosas, mas seus objetivos, propósitos e motivações são obscuros. Muitas das explicações são dadas por Adam, que não é nada confiável, pois mente para todos e manipula tudo para alcançar seus objetivos escusos. Dark nos apresenta também conceitos e embates filosóficos, tais como Luz versus trevas, mas tudo é nebuloso e nada é realmente revelado sobre esses dois lados da guerra.

Se a Sic Mundus é misteriosa, o outro lado da guerra consegue ser ainda mais. A maior opositora de Adam, é Claudia. Sua versão idosa parece saber bastante sobre a viagem do tempo e sobre o rumo da história. Ela é tão manipuladora quanto Adam e o que ela realmente deseja, permanece um completo enigma. Talvez ela busque redenção por causa de sua filha e pai. E temos ainda a Eva, que é outro elemento da guerra. Se Adam busca o fim de tudo para o surgimento de algo novo, Eva busca a preservação da sua realidade. São diversas as frentes de batalha e interesses. Será que um dia conseguiremos essas respostas? Talvez todas essas questões pudessem ser respondidas em uma eventual quarta temporada, mas até o momento, isso parece não fazer parte dos planos das partes envolvidas.

Eu poderia continuar escrevendo ainda muitas linhas sobre Dark, mas prefiro deixar que vocês deixem suas opiniões e considerações nos comentários. Até a próxima, pe-pessoal!!!

Resenha escrita em 07/07/2020

Denis, O Dreamaker.

20/05/2024-21:37

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