Tatsumi demonstra indignação porque agentes do Império estão cometendo assassinatos de dissidentes políticos e pondo a assinatura da Night Raid.

 

 

AKAME GA KILL! volume 3: Esdeath e seus capangas

 

AKAME GA KILL! volume 3: Esdeath e seus capangas

Miguel Carqueija

 

O terceiro volume do mangá “Akame ga kill!” (A assassina Akame) apresenta certos exageros gráficos principalmente em cenas de combate e a personagem Leone, na capa, em cena demasiadamente chamativa de semi-nudez.

Não é certamente mangá infantil ou adolescente, aliás na capa diz que é “impróprio para menores de 18 anos”, mas com letras que, pelo tamanho, só míopes como eu enxergam.

Os acontecimentos continuam violentos e trágicos. Praticamente quem dá mais leveza à trama é a ingenuidade idealista e corajosa de Tatsumi, que entrou para a organização Night Raid (Ataque Noturno) para participar da luta contra o império tirânico e torturador e beneficiar sua aldeia que ficou para trás.

Desfalcados da Sheele, que morreu no volume anterior, os heróis da Night Raid procuram compensar atacando os servidores da General Esdeath conhecidos como as “Três Feras”: Dandara, Liver e Nyau. Bulat e Tatsumi embarcam no navio onde o trio se encontra. O resultado do combate é a morte do trio de vilões e também de Bulat, que antes de morrer passa a sua armadura “teigu” (a Incursio) para Tatsumi, que ainda não tinha nenhuma teigu (armas especiais forjadas no início do império).

 

Akame fala a Tatsumi da tristeza que sente com a perda de Sheele, morta no volume anterior.

 

Resenha do volume 3 do mangá “Akame ga kill!” (Assassina Akame), de Takahiro (roteiro) e Tashiro Tetsuya (arte). Editora Panini, Barueri-SP, julho de 2016. Square Enix Co., Japão, 2010. Tradução: Fernando Mucioli. Volume com os capítulos 10 a 14.

 

Esdeath, general do Império, conhecida por sua crueldade, no momento é a principal inimiga da Night Raid.

 

“Acho que agora entendo de verdade, o quão sofrido é ser um assassino.”

(Tatsumi)

 

“Nós vamos ver um novo país, com todos sorrindo.”

(Tatsumi)

A música tocada pela flauta de Nyau entontece e derruba quase todo mundo no navio. Tatsumi consegue resistir.

 

As cenas de luta são tão confusas (mania de alguns mangakás) e estapafúrdias que acabam desvalorizando a história, lembrando até o excesso de violência gratuita dos Cavaleiros do Zodíaco.

Apesar de tudo Tatsumi é um herói bem superior ao Seya dos Cavaleiros. Tatsumi tem humildade e chama Bulat de “mano”, sendo admirador de suas técnicas. Os objetivos da Night Raid são bem mais definidos.

Eu gosto de Tatsumi, gosto da Akame, mas entendo que os autores deveriam ter suavizado um pouco os detalhes e até mesmo alguns diálogos durante os combates.

Talvez para produzir mais suspense a Leone, movendo-se pelos telhados, perde a oportunidade para atacar Esdeath, por sentir nela um terrível instinto assassino. Esdeath tem uma teigu que lhe dá poder sobre o gelo e o frio, como uma autêntica Rainha da Neve (do conto de fadas de Hans Christian Andersen). Leone, espantosamente, se intimida, fato que dá uma ideia do poder dessa general.

A impressão é de que combates mais terríveis se avizinham.

 

Os protagonistas mesmo praticando a execução dos perversos (notadamente os ligados à tirania) possuem sentimentos. Aqui, Tatsumi chora a morte de Bulat.

 

Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 2023.