Maya vem sendo a personagem mais interessante da série, o seu alívio cômico.

 

RAGNAROK episódio 4: batalha em Geffenia

 

RAGNAROK episódio 4: a batalha em Geffenia

Miguel Carqueija

 

“Ragnarok” é basicamente uma história do Bem contra o Mal, como é comum nas fantasias épicas. Nos primeiros episódios do animê muita coisa está oculta e o grupo de jornada aos poucos está se formando. Como de hábito, os personagens do grupo são bem diferenciados. Maya e Takius por exemplo nem se apreciam e Maya possui um temperamento mercantilista que aborrece a maga que, com seu cetro de poder, se diz com a missão de estabilizar o mundo.

Já Roan é um espadachim meio histérico e atrapalhado enquanto Yufa é uma taumaturga com poderes curativos, que usa a cruz no seu traje. O “poring” que acompanha a Maya — o tal “bichinho fofinho” que aparece em alguns animês — é apenas o refúgio cômico da história.

 

Roan é o herói bobo e impulsivo, que facilmente perde as estribeiras e é todo encabulado.

 

Resenha do episódio 4 (É este o seu poder?”) do seriado de animação “Ragnarok – the animation”. Estúdios GRG Entretenimento e Gonzo, Japão, 2004. Direção: Seiji Kichi e Kim Jung Ryool. Produção: Seiichi Hori e Cheong Dae Sik. Roteiro: Hideki Mitsui e Lee Myung-Jin. Música: Noryuki Asakuro.

 

Elenco de dublagem original:

Roan – Daisuke Sakaguchi.

Yufa – Nana Mizuki.

Takinsu (Takius) – Aya Hisakawa

Maya – Haruko Momol

Judia – Minako Arakawa

Iruga Alam – Kazuya Nakai

Poi Poi (Puring) – Fujiko Takimoto

Keough – Takehito Koyasu

 

Maya dorme usando o "poring" como travesseiro. Numa jornada de heróis ela parece sem função: seu interesse é recolher sobras de combates para vender. 

 

“Tenho uma importante missão para completar, ao contrário de você que só pensa em si mesma.”

(Takius para Maya)

 

“Aqui é Geffenia. E ali é onde o fantasma se esconde.”

(Takius)

 

“Vão ficar aí sentadas sem fazer nada?”

(Judia para Takius, Yufa e Maya)

 

“Eu só quero te fazer uma pergunta. Por que você me salvou?”

(Maya para Takius)

 

“Apesar de não ter nenhuma ligação com você não podia ficar sem fazer nada, assistindo você morrer. Eu fiz o que qualquer ser humano teria feito.”

(Takius para Maya)

 

Sequência inusitada: com um Jack Abóbora apaixonado por ela, Maya foge apavorada, aos berros. Reparem no "poring" a tiracolo. 

 

Por que razão os heróis têm de penetrar em construções assombradas, lutar com fantasmas e aranhas gigantes? Nem sempre o poder da maga Takius é suficiente. Neste episódio o grupo entra na torre abandonada de Geffenia, em meio a uma cidade destruída. Entre os monstros que aparecem surge até o Jack Abóbora, do folclore norte-americano – o que ele veio fazer nesta saga? Ele cisma que quer casar com a pobre Maya e ela foge dele espavorida. Uma cena realmente bizarra.

Também é curiosa a cena em que Roan tem de lutar com um sujeito igual a ele, apenas com um sorriso escarninho. Na verdade era um monstro disfarçado. Entretanto aparecem mais dois personagens: Iruga, que Roan e Yufa já conheciam e que era amigo de Keough (o irmão de Yufa, morto em combate) e Judia, uma arqueira de etnia negra, parecem excelentes guerreiros e chegam em boa hora.

No fim, um homem-bode que de algum lugar observou a cena, ri zombeteiro do grupo de heróis, fazendo pouco deles.

Como se pode calcular, vem muita encrenca por aí.

 

A maga Takius, com sua venda (ao que parece ela enxerga melhor assim), recuperando-se de um combate, e Yufa, sacerdotisa e taumaturga.

 

Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2024.