Travelers
O apocalipse tem alimentado inúmeras produções no cinema e na tv. Algumas roteirizadas de forma que o público assista o resultado final, o fim; outras, porém, tratam do pós-apocalipse, o resultado da queda humana, de sua quase extinção. Travelers é isso, um seriado que conta sobre personagens que vem do futuro para impedir que momentos cruciais ocorram, pois tais ocasiões contribuíram para o colapso mundial. E como isso foi elaborado? Seria outra série de viagem no tempo? É mais ou menos isso. Não é aquela viagem temporal tradicional, como por exemplo em Túnel do Tempo, não é. Para que um Viajante (agente designado para a viagem no tempo) possa chegar e ficar, alguém tem que morrer, e ele usar seu corpo e suas memórias, interagindo dentro da sociedade como um humano qualquer. Esses Viajantes geralmente ocupavam cargos e funções chaves em Governos, podendo assim mudar situações que sabiam, iriam acontecer. Somente as crianças, ao serem “tomadas” por Viajantes não morriam, pois ao término da “incorporação” o hospedeiro era liberado e seguia a vida normalmente, sem lembrar de nada.
Foram três temporadas dessa produção canadense-americana e Netflix, numa época em que produziam cerca de vinte e três episódios para cada uma. Essa “fartura” roteirística é muito incomum nas atuais produções, que chegam no máximo a doze episódios.
Para quem gosta de ficção científica é uma boa escolha, me parece ainda estar disponível na Netflix. Com relação ao elenco não há expressividade, ninguém com notoriedade, estão nivelados com àqueles pouco conhecidos.