Touch
Quando comecei a assistir o seriado Touch, pensei que a história se referia ao autismo, mas com poucos episódios ficou explícito se tratar da vida de uma criança com um dom. O menino Jake (David Mazouz – interpretou Bruce Wayne na série Gotham), conseguia perceber padrões escondidos em quaisquer aglomerados numéricos. Essa habilidade foi descoberta pelo Governo Americano e colocou o menino em perigo. Seu pai, Martin (Kiefer Sutherland – interpretou o Jack Bauer no seriado 24 Horas), viúvo, pois sua esposa faleceu no atentado de 11 de setembro, iniciou uma jornada incansável de fugas pelo país, na tentativa de proteger o menino e descobrir a verdade sobre a origem de seu dom.
Foram apenas duas temporadas de Touch com bons episódios. O motivo para a descontinuidade foi o de sempre: pouca audiência.
No elenco, além dos atores já citados, tivemos Danny Glover (Máquina Mortífera), uma ótima escolha, que abrilhantou a produção.
Houve divergência entre os críticos de produtos cinematográficos e televisivos sobre o tema central de Touch, uns entendiam tratar-se da discussão sobre autismo e outros sobre espiritualidade e dons. De qualquer forma, sendo um ou outro a produção seguiu até onde deu.
A falta de suspense e a trilha sonora inadequada, ajudaram a derrubar a produção, assim como a inversão de papéis entre pai e filho, pois o jovem Jack, na maioria dos episódios, era o conselheiro do pai, o atordoado Martin, uma “barata tonta”, em busca de uma saída.