Bom dia Verônica
Bom seriado, com três temporadas distintas, mas seguindo a abordagem principal. A Netflix bancou a produção, não poupou recursos, principalmente com o elenco, composto entre outros por Eduardo Moscovis, Camila Morgado, Reynaldo Gianecchini, Klara Castanho, Maitê Proença, Rodrigo Santoro e a protagonista Tainá Muller (Verônica).
Baseado no romance de mesmo título, escrito por Ilana Casoy e Raphael Montes, Bom dia Verônica conta a história da escrivã de polícia, em delegacia de homicídios de São Paulo. Casada e com dois filhos, a funcionária pública tinha vida rotineira, até presenciar o suicídio de uma jovem mulher. Coincidentemente na mesma semana, recebe ligação anônima de uma mulher em situação de desespero, pedindo ajuda. A trama da primeira temporada começa aí. A escrivã leva ao conhecimento de seus superiores na delegacia, o suicídio e o telefonema, mas percebe que não ouve interesse em investigar. Diante disso ela mesma inicia a investigação, chegando em Janete Cruz (Camila Morgado), mulher de um oficial da PM paulista, o Coronel Brandão (Eduardo Moscovis). A mulher do telefonema anônimo fez outro contado, marcando um encontro e Verônica foi. Nesse único momento de coragem e firmeza de Janete, ao encontrar Verônica, ela comentou sobre os maus tratos do marido e também de consecutivas prisões domiciliares. A escrivã promete ajudar, volta para a delegacia e relata tudo ao delegado e a detetive chefe, mas surpreendentemente é repreendida, acusada de tentar comprometer a reputação de um coronel da PM. O desfecho da primeira temporada é muito bom, alimentou o desejo de assistir a continuidade em produções futuras.
Como consequência da primeira temporada, Verônica foi dada como morta, afastando-se da família para protege-los, deixando que todos passassem pelo luto, sem ao menos imaginar que ela estava viva.
Com a ajuda de dois colegas da delegacia de homicídios, outro detetive e o legista, Verônica continuou investigando, com o desfecho do Coronel Brandão. Dessa vez chegou ao novo vilão, um pastor tarado (como se isso não fosse comum), que levava algumas fiéis para casa e engravidava a “varoa”, mesmo vivendo sob o mesmo teto com esposa e filha. O papel desse bandido religioso e sem bigode, ficou com Reynaldo Gianecchini (o pastor Matias) e foi muito bem desempenhado, ajudado pelo roteiro de qualidade.
Para a terceira e última temporada, continuação da segunda, entraram mais dois vilões: Jerônimo Soares (Rodrigo Santoro), dono de um aras especializado em reprodução de cavalos de raça, e sua mãe Diana (Maitê Proença), àquela que acoitava os crimes do filho, dando suporte para a quadrilha desempenhar suas atividades de forma ordenada e segura.
Bom dia Verônica trata de escavas sexuais, com reprodução assistida para venda de bebês. As crianças que não são negociadas eram criadas em instituições de renome, mas ligadas à quadrilha, com o objetivo de serem “soldados” do crime. Recebiam formação adequada para ocuparem posições de relevância na sociedade, principalmente no Poder Legislativo, Executivo e Judiciário.