As Crônicas de Frankenstein
Ao falarmos de ficção científica imediatamente associamos ao futuro, com naves espaciais ou momentos e tecnologias ainda inexistentes. Guerra nas Estrelas talvez seja um dos ícones desse segmento cinematográfico, porém a ficção científica nasceu no século XVII e XIX, a jovem escritora britânica Mary Shelley escreveu Frankenstein em 1817, e faz parte dessa inicialização do tema. Essa vertente, chamada de ficção científica, ultrapassou gerações, tornando-se em produções teatrais, filmes e até seriados de tv. A Netflix ainda mantém em seu catálogo o seriado As Crônicas de Frankenstein, versão bem elaborada, que infelizmente teve somente duas temporadas.
A trama tem como protagonista um detetive inglês, encarregado da investigação sobre crianças encontradas mortas e com o corpo costurado, com “implantes” de pernas e braços de outros. Marlott (o detetive), encontra os responsáveis, mas não posso comentar detalhadamente para não “dar spoiler”. De qualquer forma, foi surpreendente e inteligente a adaptação do texto original para o seriado, pois a criação do Frankenstein difere de todas as produções existentes, que optaram pela conversão clássica.
Não há dúvidas sobre a qualidade do seriado, é ótimo! Poderiam produzir inúmeras temporadas e encerraram com duas, como eu havia informado acima. Essa “vida curta” de boas séries sempre me intrigou, qual a razão disso? Desenvolvimento de roteiro não é, pois seria possível criar inúmeros episódios, tendo em vista a fertilidade do tema. Talvez a manutenção de elenco fosse a causa da descontinuidade, ou o encerramento da produção executiva por falta de interesse em injetar recursos, mas isso, a meu ver, seria a constatação da ausência de audiência, necessária para manter tais produções no ar e não creio que seja isso. De qualquer forma, As Crônicas de Frankenstein me surpreenderam e só assistindo para confirmar ou não minha opinião.