O Túnel do Tempo
Em 1991 falecia na Califórnia o “CARA” dos seriados antigos: Irwin Allen, sem medo nenhum de parecer exagerado, esse autor era do nível de George Lucas e Steven Spielberg. Naquela época, sem muitos recursos de efeitos especiais, produziu sucessos para a tv que até hoje são exibidos em canais de streamings: Túnel do Tempo é um deles. A saga de dois cientistas que por acidente, ao testar o equipamento, se perdem no tempo, “caindo” em algum lugar do passado ou do futuro. Outra equipe de cientistas monitora esses deslocamentos temporais, visualizando das instalações no presente o que está acontecendo com eles, como se fosse uma imensa tv, exibindo-os em tempo real em algum ponto do passado ou do futuro.
Associar essas viagens no tempo a fatos históricos foi muito inteligente. Como exemplo, teve o episódio do Titanic, os dois caíram no fatídico navio horas antes do desastre. Conhecedores do fato histórico, tentaram avisar o Capitão, assim como outros oficiais sobre a colisão com o iceberg, mas não acreditaram neles e no momento do impacto, foram salvos pela equipe do laboratório, sendo enviados para outro lugar, em local e momento ignorado, pois não conseguiam controlar a viagem, somente acompanha-los quando chegavam em algum ponto temporal. Os episódios foram criados com esses detalhes históricos: a transferência para outros lugares, sempre salvando a vida deles em momentos de perigo.
Túnel do Tempo teve uma temporada com trinta episódios, algo estranho para mim, tendo em vista inúmeros temas que poderiam ser aproveitados pelos roteiristas na criação de novas temporadas. Infelizmente não foi assim e terminou.
Viajar no tempo é um tema fértil, e quando bem explorado no cinema ou na tv, vira sucesso.