Gotham
A ideia de produzir um seriado sobre um súper herói na sua juventude, numa época em que ele nem sonhava em combater o crime, foi bem inteligente. Gotham fez isso, de forma bem equilibrada em suas cinco temporadas, sem deixar quase nenhum personagem da versão clássica de fora. O detetive Gordon (comissário na versão original), combatendo o crime em Gotham City nos seus primeiros anos de polícia é o protagonista do seriado, tem mais relevância do que o próprio Batman, vivido pelo jovem órfão e milionário Bruce Wayne ainda na fase humana e não “morcego”. Realmente houve um equilíbrio em todas as temporadas, mantiveram a qualidade suficiente para segurar audiência relevante e por isso fez a Netflix se manter no topo dos streamings.
Com relação ao elenco, escolheram muito bem, todos brilharam com excelentes atuações, a destacar um deles, o ator Robin Lord Taylor, que interpretou com maestria o vilão Pinguim em seus primeiros anos de crime.
Gotham tem personalidade, “fala” por si só, é carismática. Não deixou que a falta do Batman tirasse o brilho da produção.
Houve uma ausência bem relevante no seriado, compreensível ao meu ver, tendo em vista a linha do tempo. Onde encaixar um Robin no elenco? O menino prodígio, na versão original, era o jovem assistente do homem morcego no combate ao crime. Qual a idade que ele teria na versão de Gotham? Um bebê? Então realmente ele sobrou nessa.
Se não me engano a Netflix perdeu os direitos de exibição desse ótimo seriado, mas com certeza algum streaming terá disponível, é só procurar e confirmar se é bom ou não.