Aquarius
Em 1967 surgiu a “família feliz”: a família de Charles Manson. Na verdade uma seita, liderada pelo próprio Charles. Situada num acampamento na Califórnia, os “filhos de Charles”, jovens homens e mulheres, deixavam suas famílias para viverem nessa comunidade, praticando pequenos crimes, furtando alimentos em lojas. Esses jovens achavam-se livres do sistema, sem compromissos com a sociedade ou com a própria família. Charles, o “patriarca”, engravidou inúmeras jovens ao mesmo tempo, sempre enaltecendo a prole que viria, crianças divinas, frutos do amor livre. Não demorou muito tempo para o “pastor” se tornar o “lobo”, convencendo seus fiéis a matarem em nome da causa que ele defendia, além de acirrar o preconceito racial, pois atribuía aos pretos as mazelas da sociedade americana.
Aquarius, estrelada por David Duchovny (astro de Arquivo X), teve duas temporadas. A série tratou sobre o tema Charles Manson, de maneira bem previsível: um detetive que investigaria a seita: Sam Hodiak.
O Seriado abordou de forma precisa as mazelas dos anos 1960, onde sexo, drogas, crimes violentos, racismos e até o sexismo dentro da polícia, estavam em evidência.
David Duchovny dá ao personagem bom humor, irreverência e carisma, aliás algo similar à outras produções com sua participação (Arquivo X e Californication).
Aquarius merece elogios, é daqueles seriados para “maratonar” por àqueles que gostam disso. Não existem episódios maçantes, todos aguçam a curiosidade e expectativa, se interligando à trama, encorpando o desfecho final.