Terra de Gigantes
Retrô, antigo, velho, denominações que podem ser pejorativas ou não. Quando eu comecei a gostas das séries, isso já tem tempo, foi nos anos de 1990. A tv a cabo chegou na minha casa, e com ela um “cardápio” bem diversificado de canais. Naquela época era difícil escolher o que assistir, os canais Tele Cine eram ótimos e abertos, mas com relação aos seriados era preciso acompanhar, como novelas, com dias e horários de exibição, perdeu a hora, já era. Nesse ponto de frustação, por não ter assistido por algum motivo, parti para os dvds, comecei a colecionar seriados e assim com antecipação de uma década eu tinha minha “Netflix” pessoal. Dessa forma os clássicos retornaram para meu prazer, e Terra de Gigantes está na lista.
Criada em outro século, na década de 1960, Terra de Gigantes foi mais um produto bem-sucedido de Irwin Allen, um gênio naquela época para produção de seriados.
O tema era futurista, uma nave espacial comercial (hoje ainda não temos isso), deveria levar seus passageiros de Los Angeles à Londres, usando uma rota no espaço, seria uma viagem de meia hora. Em algum momento após a decolagem, já no espaço, sofreram uma turbulência por conta de um fenômeno magnético e perderam o rumo, pousando numa floresta. Até aí tudo bem, salvaram-se todos, mas não foi bem assim, se depararam com gatos gigantes, cachorros da mesma forma e seres humanos do tamanho de prédios.
Os pequeninos, como eram conhecidos naquele mundo, passaram a serem culpados por todas as mazelas daquela sociedade de gigantes. Foram caçados por isso e para serem “estudados” por cientistas.
Hoje em dia assistir ao seriado, diante de tantos efeitos especiais disponíveis nas produções, nos coloca diante do tosco, porém é preciso enxergar com os olhos do passado, pois naquela época, até o sol brilhava mais.