O Alienista
No século XIX, e boa parte do século XX, os distúrbios mentais eram tratados por alienistas, em dias de hoje: psiquiatras. Muitas vezes os tratamentos eram experiências, disfarçados de solução, tais como lobotomia e os choques elétricos na cabeça. O esquizofrênico era um leproso sem feridas, obrigado ao isolamento familiar, confinado em manicômios. O grande Machado de Assis escreveu um livro com esse título, satirizando a profissão e os profissionais com a personagem Dr. Bacamarte.
A minissérie O Alienista, utilizou o tema, acrescentando mistério e terror. Foram duas temporadas somente, frustrante, poderiam ser mais. O elenco era bom: Dakota Fannimg (A Saga Crepúsculo), Daniel Bruhl (O Violinista que veio do mar), Lucas Evans ( Os três Mosqueteiros, Velozes e Furiosos 6 e 7, Hobitt), e outros bons atores.
O comissário de polícia se vê impossibilitado de investigar assassinatos em série de meninos prostitutos. A população de Nova York, temerosa que essas mortes cheguem a cidadãos comuns, exige providências e assim o arrogante chefe de polícia recorre ao alienista, um médico capas de criar um perfil do louco assassino. O que não estava previsto pelo comissário, foi a participação eficiente do médico nas investigações, e aí o constrangimento, somados à inveja e a constatação de incompetência, bateram forte no chefão da polícia de Nova York.
Esse seriado poderia continuar por várias temporadas, pois o tema é bom, de fácil desenvolvimento na criação de novos mistérios. Por algum motivo não seguiu adiante.
“Imagem vivaz do gênio e do louco: um fita o presente, com todas as suas lágrimas e saudades, outro devassa o futuro com todas as suas auroras.” – Machado de Assis (O Alienista).