Os 100
Armagedom, apocalipse ou fim do mundo, não importa a escolha da palavra, o sentido é o mesmo. Esse tema foi utilizado em inúmeras produções cinematográficas, inclusive seriados. Os refúgios para os humanos variavam nas produções, entre abrigos subterrâneos, cavernas, bunkers e outros que a imaginação dos redatores pudessem produzir, mas eu ainda não tinha visto refúgio espacial como aquele, em planeta sim, mas em Estação Espacial não.
A série Os 100 inovou com a sociedade de sobreviventes da guerra nuclear terrestre. Um grupo com ordem social e política, onde o Líder era eleito, supervisionado por um Conselho.
Foram sete temporadas com muita ação. As quatro primeiras foram as melhores. Com relação ao elenco, a meu ver, erraram na escolha da atriz protagonista, pessoa sem carisma e com interpretação forçada. No próprio elenco existiam outras bem melhores, aliás isso me desperta a curiosidade de como são escolhidos atores protagonistas em seriados desse tipo, me refiro aos atores ou atrizes desconhecidos, que conseguem esse destaque. Quem assistir vai entender que a atriz Eliza Taylor (Clarke Griffin), não era melhor que Marie Avgeropoulos (Octavia Blake). Para não dizer que eram todos desconhecidos, o ator Henry Ian Cusick (Kane) estava por lá. Para refrescar a memória sobre ele é só lembrar da série Lost, recordam do Desmond? O cara que morava na escotilha e achava que não podia sair, pois o ar estava contaminado, esse mesmo.
Após alguns conflitos na sociedade espacial, onde o motim se apresentava, um grupo de cem jovens foram expulsos da Estação Espacial e enviados à terra, que a princípio era inabitável diante de grande contaminação radioativa. O real motivo da expulsão foi a preservação daqueles que ficaram, pois o suporte de ar já não dava conta de tanta gente.
A nave auxiliar viajou do espaço rumo à terra, levando cem vidas jovens que desconheciam o que iriam encontrar. A medida que penetravam na atmosfera podiam ver pelas escotilhas um planeta coberto de vegetação e aparentemente saudável. Assim começou a saga.
O ser humano não é diferente em comportamento grupal sob nenhum aspecto; idade, posição social, vigor físico, intelecto ou qualquer outro motivo, ajudam a formar uma sociedade, mesmo que pequena, com polarizações, insubordinações, lealdade e principalmente violência. É igual. Tudo pelo bem comum, e assim esses jovens tornam-se exploradores do planeta de seus pais, pois todos nasceram na Estação Espacial.
É um bom seriado, principalmente nas primeiras temporadas. Os jovens fazem descobertas assustadoras em explorações ao redor do acampamento que construíram. Os redatores acertaram na dose de suspense.
Os 100 prestigia novos atores, alguns eu encontrei em outros seriados, mas a protagonista não.
Se um dia o mundo sofrer com uma guerra nuclear, é bem possível que algumas situações abordadas na série aconteçam na realidade e que gerações futuras iniciem um novo ciclo.