Corrida Maluca - Grande Prêmio Vale Tudo (Wacky Race to Ripsaw) - desenho animado.

É dada a largada! E os competidores do mais biruta campeonato automobilístico disputam o título de piloto mais biruta do mundo. Quem será o doido-de-pedra da vez?! Se entendi o que vi ao final de corrida tão maluca, dentre os às do volante que dela participaram o primeiro que cruzou a linha de chegada foi Rufus Lenhador, secundado, e auxiliado, pelo gracioso Dentes-de-Serra, ao volante do Carro-Tronco, um carro que é um tronco - ou um tronco que é um carro, não sei ao certo (estou, ainda, sem entender a tecnologia de tal automóvel, eu, que nada entendo de mecânica de automóveis - e suspeito que, fosse um perito em tal matéria da tecnologia do Carro-Tronco e da de todos os outros carros da mais louca das corridas, eu delas nada entenderia, pois elas estão anos-luz à frente do conhecimento tecnológico moderno).

- Dê-nos uma narração da corrida, caro cronista - pede-me o leitor, gentil e amavelmente.

Atendendo ao pedido do meu amado leitor, um relato breve da tão maravilhosa, e doida, corrida, que foi assim:

Na dianteira, a liderar a corrida, está o garboso Peter Perfeito, ao volante do seu possante Carrão Aerodinâmico, um veículo de pôr de queixo caído os Piquetes e os Sennas da vida; e a usufruir da liderança, já a comemorar, antecipadamente, a vitória, o piloto da possante máquina se vê ultrapassado pela Carroça a Vapor, que tem ao volante o Tio Tomás, ou o urso Chorão, sei lá eu. Logo depois, após reviravoltas sem fim, assumiu a liderança da corrida, ao volante do Carro Mágico, o Professor Aéreo, parente próximo, ou distante, não sei, do Professor Pardal, do Inspetor Bugiganga e do Licurgo Orival Umbelino Cafiaspirino de Oliveira. E não demora muito tempo, Dick Vigarista, a auxiliá-lo Muttley, o cão da risada mais popular do universo, derruba uma ponte, que o derruba. E na sequência: Penélope Charmosa atola o Carrinho Pra Frente num lamaçal, e desatola-o Rufus Lenhador; e Dick Vigarista invade, ao volante do seu Máquina do Mal, uma placa de propaganda, e ultrapassa todos os seus concorrentes; e o Carro-à-Prova-de-Balas, da Quadrilha da Morte passa à frente do Carro de Pedra, dos Irmãos Rocha, que passa à frente do Carro Tanque - do Sargento Bombarda e do Soldado Meekley, o piloto, que atira, com o canhão, para trás, impelindo o jipe-canhão para a frente -, que ultrapassa a Máquina Voadora, do extraordinário Barão Vermelho, que passa adiante do Carrão Aerodinâmico, que faz o Carro Mágico comer poeira; e o Carro de Pedra ultrapassa a Máquina do Mal, que toma à frente do Carrinho Pra Frente, que deixa para trás o Cupê Mal-Assombrado, da Dupla Sinistra, o Medonho e o Medinho - e sendo este carro o único que ainda não havia se feito presente nesta crônica automobilística de corrida tão biruta (e dele eu me esquecia), e agora já mencionado, posso encerrá-la. E o Carro-Tronco, que não sei se ultrapassou algum outro carro, se foi por algum outro ultrapassado, por meios que não conheci, cruzou, surpreendentemente, antes de todos os outros às do volante, a linha de chegada.

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Nota de rodapé: leitor, a corrida, tão maluca, que, não sei se estou certo, e, se não estou, se estou errado, e se, estando errado, estou certo mesmo que esteja certo ao estar errado, enlouqueceu-me a ponto de me roubar um parafuso, que eu havia tomado emprestado, se me lembro bem, do Dom Quixote minutos depois de ele abrir a jaula do leão. Caso eu tenha, nesta obra-prima da resenha mundial, incorrido em alguma incorreção, que perdoe o parafuso que, não sei porquê cargas-d'água, vi por bem cravá-lo na minha têmpora direita emprestando-me a aparência do monstro de Frankenstein, o do cinema, e não o da Shelley.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 17/10/2023
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