Em palácio galante

Dança dama deslumbrante

Mas ao pisar tapete

Desanda salto ao filete

 

Vai ao chão perde cossaco

Vira riso sem palhaço

E do nobre tão distinto

Brota o olhar faminto

 

A conduta em tom de gala

Tropeçou sua fala

Eis que a corte tão altiva

Rega o chão com a saliva

 

Corte conspira e cochicha

Banquete virará salsicha

Ministro, talvez, garçon

E o Poeta, da vez, bufão

 

Decimar da Siveira Biagini

27 de novembro de 2024