Consagração da Águia

No ninho a paz ecoa

sem pressa nem vaidade

a ave, enfim, perdoa

o voo e a liberdade

 

Cansada de horizonte

de ventos que rebrilham

consagra o próprio monte

as penas que já brilham

 

A vida lhe deu tudo

um ninho bem seguro

por fim, não há tumulto

no céu do ninho escuro

 

E ri, pensando altiva:

"Que mundo, que voar!

Aqui sou sempre viva

Não vou desmoronar."

 

Decimar da Silveira Biagini

05 de novembro de 2024