Cafajeste

Eu sou a canastra da vida...

Num belo dia canto ao céu

gritando no socorro ainda

o desvelar do teu véu. 

Dê-me vossa mão formosa

em beijo tácito e cândido,

um pouco da linda rosa

escondida no teu pânico.

Engravidar teu jardim

e ser jardineiro açúcar;

expurgar o mel de mim

na doçura o teu sugar.

Veja bem, sou cafajeste,

a mutilação de gente

que o desejo que só veste

escravizar vossa mente.

Sem vontade de perdão

grito só pela tua carne,

não dê algum conselho vão

ao canibal que ama parte.

 

Amo com o corpo quente

e sou brasas infernais;

no seio do Diabo rente

amarrarei à alma ao seu cais.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 25/06/2024
Reeditado em 10/07/2024
Código do texto: T8093472
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