A ressurreição é possível na perspectiva da neurociência e da teoria política de Estado.
Neurocientificamente, não existe alma sem corpo, com efeito, não salva a alma, não ressuscita o espírito sem ressuscitar o corpo.
Deste modo, a única teologia verdadeira, é aquela que salva o corpo, assim deve ser a fenomenologia da percepção neurocientífica.
Epistemologicamente a cognição é produto da materialidade sapiens.
Com efeito a existência da cognição está no no corpo, existimos porque temos um corpo, só é possível a percepção porque temos corpo, logicamente também a cognição.
Portanto, sem a materialidade do corpo não é possível o desenvolvimento do espírito, entendido, como alma ou racionalidade.
Assim sendo, vivemos no mundo por meio da existência do nosso corpo, o ato da percepção não é apenas produto do espírito, pois não é possível o referido, não havendo um corpo.
O sapiens antes de ser a razão é o seu corpo, só sabemos de nossa existência, porque somos um corpo no mundo, não há cognição sem materialidade do corpo.
O corpo não pode ser entendido apenas como estrutura mecanicista, no uso da filosofia fisiólogica, desse modo, o corpo não pode ser considerado como mero objeto.
O corpo só tem sentido se for considerado em sua materialiação, junçado a cognição, denominada como espírito ou alma.
Sendo assim, há uma associação entre corpo e espírito, em tal dialética desenvolve a teologia da percepção, a ideia que cada pessoa tem um corpo, que percebe e sente, pelo fato que todo corpo tem uma alma.
Lógico que a mente é estruturada por um conjunto análitico epistemológico, que define ideologicamente a percepção.
Quando o homem pensa, reflete, e, ao refletir atua no mundo, o pensamento no mundo fenomenológico e o resultado da percepção.
Portanto, o homem atua no mundo, dessa forma, age sobre si mesmo, de tal modo, que o corpo não é um objeto em si.
Com efeito, o corpo é a substancialidade que possibilita o desenvolvimento da cognição construída, como instrumento da percepção, a mesma percebe segundo seus instrumentos hermenêuticos culturais,
Por outro lado, a percepção não é produto da consciência pura, pois toda consciência é elaborada, desenvenvolvida, motivo pelo qual a consciência é subjetivada e ideologizada.
Dessa forma, todo corpo é o fundamento da percepção, o entendimento do mundo representado, ideologizado, não há consciência sem um corpo preexistente, sendo assim, o corpo fala, tem sua linguagem fisiológica e política.
Portanto, o corpo e a razão são existentes dialéticamente, é possível a existência de corpo sem a cognição, todavia, contrariamente, o espírito só é existente com a realidade material de um corpo.
Deste modo, a percepção é o resultado da memória estruturada cognitivamente .
A respeito deste entendimento, que elaborei a minha tese em teologia, fundamentada no materialismo histórico e na genética sintética evolutiva, na superação do entendimento platônico de alma.
A ressurreição é do corpo e da alma, no estabelecimento do paraíso divino, como então efetiva a ressurreição do corpo, através do mecanismo replicativo da espécie sapiens, o homem é permanentemente eterno.
Como o sapiens continuamente ressuscitado atinge o paraíso, na construção da sociedade essencialmente justa, por meio da genética e da política.
Todavia, não é possivel o salvamento humano, através do pensamento de direita na defesa do capitalismo rentista neoliberal, devido a defesa da concentração da renda e a produção da pobreza.
Portanto, o paraíso só será possível, com a mediação da genética mitocondrial com o Estado político, na perspectiva do social liberalismo, o estabelecimento do capitalismo para todos, desenvolvimento econômico com a distribuição da renda.
Com efeito, se efetiva a teologia do corpo, na permanência da existencia sapiens por meio da replicação interminável da evolução humana, por outro lado, a vivência na eternidade desta evolução susbstanciada na justiça política e econômica.
Qualquer outra teologia da alma, além de mentirosa, não tem nada a ver com plano da salvação divina, a fé pentecostal é delírio, psicopatização, zumbização da cognição, perturbação mental, gente doente.
Edjar Dias de Vasconcelos.